04| Segredos que nem são tão segredos assim

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"Lis conta para sua colega de quarto sobre a conversa que teve com o Dean."

― Eu gosto do Stone. ― deu de ombros. ― Tenho uma boa impressão sobre ele...

― Só está dizendo isso pra que eu me afaste do Max!

― Não estou não!! ― rebateu com falsa indignação e gargalhei baixinho.

Mari segurou-me pelo braço, interrompendo nossa caminhada até o refeitório. Me virei em sua direção bem a tempo de vê-la revirar os olhos e soltar um longo suspiro, em seguida.

― Tá, tudo bem... mas te querer longe daquele estúpido é, apenas, uma meia verdade. Realmente simpatizo com com o Stone. Ele parece se importar com você.

― Aquele idiota não se importa com ninguém, além dele mesmo. ― cuspi sem conseguir controlar a irritação na voz.

― Se não se importasse, ele não teria deixado o orgulho de lado e ido até o nosso quarto te pedir desculpas por algo de quatro anos atrás.

Isso poderia até ser uma "meia verdade", mas, não era toda. Com certeza, havia algo mais por trás das suas desculpas, e eu não estava nenhum pouco a fim de ser feita de otária outra vez.

― Você não o conhece como eu, Mariana. Não sabe até onde ele iria só pra conseguir me humilhar da pior forma possível... Dean Stone não passa de um babaca e isso nunca vai mudar.

Por um momento achei que Mari estivesse com algum problema, pois, seu corpo se tornou rígido e seus olhos não paravam de piscar freneticamente, enquanto sua atenção ia do meu rosto até algo atrás de mim.

― Assim você destrói o meu coração, Lis. ― Uma voz extremamente irritante soou as minhas costas.

"Eu tentei te avisar." Mari sibilou com os lábios sem produzir qualquer som.

Fechei os olhos e suspirei silenciosamente, esperando alguma paciência divina ser derramada sobre a minha cabeça. Sem poder evitar o inevitável, decidi me virar de uma vez e mandá-lo pastar o mais rápido possível.

― Eu poderia até me sentir culpada, se você não tivesse destruído o meu primeiro. ― Devolvi friamente ao girar sobre os calcanhares e fitá-lo sob um olhar mortal.

O sorrisinho presunçoso que carregava nos lábios se desfez quase que imediatamente, e seus olhos castanhos tomaram uma coloração mais escura.

― Afiada como sempre... ― Murmurou baixo e apertei os olhos em sua direção.

― O que você quer, Stone? ― Questionei impaciente, cruzando os braços em seguida.

― Conversar? ― Soou mais como uma pergunta do que qualquer outra coisa.

― Achei que tínhamos decido evitar um ao outro.

― Você decidiu... eu apenas me calei.

― Quem cala, consente.

Sempre | Melhores momentosWhere stories live. Discover now