15| Aquele que não deve ser mencionado

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Dean foi embora do colegio interno depois de descobrir sobre o namoro falso da Anna Lis 

e o motivo pelo qual ela estava sempre tão doente.

Depois de cinco anos ele retorna, mas não pelos motivos certos.

 Abri os olhos vagarosamente, no entanto, precisei voltar a fechá-los quando a claridade os atingiu violentamente

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 Abri os olhos vagarosamente, no entanto, precisei voltar a fechá-los quando a claridade os atingiu violentamente. O barulho do despertador estava me deixando irritada, mas eu não fazia a mínima ideia de onde o maldito aparelho se encontrava. Minha cabeça parecia que iria explodir e meu corpo desmancharia em meio aos lençóis. O cheiro de álcool impregnando o quarto era insuportável. Me forcei a voltar às lembranças da noite passada, me arrependendo no milésimo seguinte. As informações estavam confusas e embaralhadas, porém, consegui lembrar do casal vinte indo embora. E do Max dizendo que Stone estava de volta.

Mas de volta como?

Em São Paulo ou no país?

De volta pra minha vida?

Sinceramente, eu não sabia qual possibilidade era a pior. Me recordei também que depois do Phillips ter jogado a bomba, entrei em casa, peguei as chaves do carro e fui para o barzinho de sempre, onde bebi até o barman gatinho, me negar outra dose e me botar dentro de um táxi.

O garoto era um doce, isso eu não podia negar. Mas o trabalho dele era me servir bebidas até que a notícia do babaca estar de volta, sumisse do meu cérebro.

Me levantei da cama com raiva, mas voltei a me sentar no colchão quando vi tudo rodar. Merda de ressaca! Depois de alguns minutos na mesma posição, finalmente, consegui levantar e ir até o banheiro, onde tomei um banho frio e depois um analgésico. Vesti uma roupa qualquer e tomei um café preto para o ritual de uma "pós ressaca" estar completo. Peguei a mochila jogada sobre o sofá, depois as chaves em cima do aparador e o celular. Fechei a casa e fui em direção a garagem, mas parei no meio do caminho ao lembrar que o tinha deixado o carro no bar. Puxei o celular para fora do bolso e chamei um Urbe, explicando minha situação atrasadíssima e que precisava de um serviço rápido. Enquanto esperava pelo meu querido/desconhecido motorista, ergui o olhar até a casa da frente, que costumava ser a casa dele na época da nossa infância.

Estranhei ao ver um movimento na mansão. Não pisava alguém na mesma fazia anos, e apesar dela parecer bem cuidada por fora, não tinha mais esperanças de que alguém fosse querer-lá. Mas pelo jeito eu estava enganada e logo teria vizinhos novos.

O Urbe parou ao pé da minha calçada, anunciando a minha deixa. Jogando minha curiosidade para longe e focando unicamente no assunto da minha prova de cálculo, entrei no carro e saudei o motorista de cabelos grisalhos e barriga avantajada. Esse era um daqueles motoristas legais, sem dúvida.

O dia havia demorado a passar, mas eu estava, finalmente, em casa. A prova de cálculo foi difícil como o inferno, porém, estava certa de que havia ido bem. No trabalho as coisas foram mais fáceis e alegres. As crianças me faziam um bem inexplicável, tanto que sempre que estava com elas esquecia qualquer pensamento sobre o Stone. Pena que naquele momento eu estava em casa, sem fazer nada e meu subconsciente masoquista resolveu me sacanear mais uma vez. Dean estava no Brasil. Senti uma imensa vontade de ligar para o Max pedindo uma explicação, mas sabia que ia soar desesperado. E já bastava os olhares de pena que eu recebia do loiro há cinco anos. A garotinha que foi abandonada e perdeu a mãe.

Sempre | Melhores momentosWhere stories live. Discover now