07| Não consigo mais

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"Dean volta a invadir o quarto da Anna Lis depois que a mesma é liberada da enfermaria."

― O que diabos está fazendo aqui? ― rosnei furiosa na direção do garoto descabelado

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― O que diabos está fazendo aqui? ― rosnei furiosa na direção do garoto descabelado.

Dean olhou para mim e toda a aflição contida em seus olhos dissipou-se instantaneamente. Foi como se alguém tivesse ameaçado a segurança do seu bem mais precioso e depois falado que era brincadeira. Contudo, o alívio em seu rosto logo foi substituído por uma carranca assustadora.

― Você quer me matar de preocupação, Scott? ― arregalei os olhos surpresa com o quanto suas palavram soavam raivosas e ao mesmo tempo preocupadas. ― Faz cinquenta e oito minutos que estou esperando aqui fora... mais alguns minutos e eu estaria disposto a arrombar essa maldita porta para checar se não tinha desmaiado outra vez!

Dean soltou um suspiro alto com um misto de frustração e raiva. As veias na lateral do seu pescoço pareciam prestes a saltar para fora, as pupilas estavam dilatadas e as bochechas levemente vermelhas. O meu ex vizinho se sentou na cadeira da escrivaninha, passando as mãos pelo cabelo e bagunçando ainda mais os fios.

― Eu nem sei porquê diabos continuo tão alterado se já vi que está tudo bem... mas você me deu um puta susto, Anna Lis.

Seus olhos encontraram os meus e me senti prestes a derreter apenas com a intensidade do seu olhar.

Droga, como diabos tínhamos chegado ali tão rápido?

Ele nem mesmo havia se dado ao trabalho de responder minha pergunta, e já foi jogando um monte de preocupação sobre mim. Não dava para continuar odiando-o se ele sempre apareceria nos lugares que eu estava e agisse como se de fato se importasse comigo. Argh. Porque ele não podia simplesmente ignorar minha existência e viver sua vidinha de garoto problema bem longe de mim?

― Como se sente? ― Sua voz, agora, baixa e até mesmo um pouco gentil, voltou a soar dentro do cômodo.

Antes eu costumava achar o tamanho do quarto razoável para duas pessoas, mas a presença do Stone transformou o espaço em uma caixa de pássaros, e eu já conseguia sentir os primeiros sinais de claustrofobia percorrendo meu corpo. E era por isso que eu precisava me livrar dele de uma vez.

― Me sinto bem, obrigada. ― disse. ― Mas agora você precisa ir embora!

Contudo, ele se quer se mexeu de onde estava sentado.

― Não precisa ficar na defensiva sempre que estou por perto, Scott, eu nunca a machucaria... ― retrucou parecendo magoado.

Sorri para o quão irônica aquela frase soou.

― Agora, não é? ― sorri outra vez. ― Porquê lembro muito bem de todas às vezes que chorei por sua causa... e nunca vou conseguir relaxar enquanto estiver por perto, porque sempre que olho para você sou bombardeada por lembranças que eu preferia nunca precisar reviver.

Sempre | Melhores momentosWhere stories live. Discover now