30| Medo de perder

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Dia seguinte, não pulou nada. Tá chegando no fim e todas as cenas são importantes.

Parei em frente a porta de madeira branca, aproveitando para arrumar os cabelos e desamassar minha roupa

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Parei em frente a porta de madeira branca, aproveitando para arrumar os cabelos e desamassar minha roupa. Preparei meu melhor sorriso, e então, finalmente abri a porta. Mas não era o Dean quem estava andando de um lado para o outro na minha varanda, parecendo nervoso. Ao notar minha presença, seus olhos azuis foram postos sobre meu rosto e senti uma imensa vontade de abraçá-lo. No entanto, também estava com medo de que Dean aparecesse ali, justo naquele momento.

― Eu fiquei sabendo sobre o que aconteceu... ― começou a dizer. ― Eu tentei vir antes, mas... acho que eu estava com medo de não ser bem vindo.

― Alec, você sempre será bem vindo. Nós somos amigos.

― Eu não mereço essa amizade. Tudo o que fiz nos últimos seis meses foi agir feito um babaca, que não consegue aceitar um "não" da garota por quem é apaixonado.

― Você é um babaca, mas eu sabia disso quando cedi às suas investidas. ― Ele riu com as minhas palavras e percebi seu corpo relaxando aos poucos.

― Está sozinha? ― perguntou naturalmente e gelei. Não podia convidá-lo para entrar, por mais que quisesse muito. Havia algumas coisas que queria conversar com Alec, mas se o Stone resolvesse aparecer acabaria machucando ainda mais os sentimentos do capitão.

― Não... ― Fechei a porta atrás de mim, e comecei a andar até o banco que havia no finalzinho da varanda, me sentando nele. Alec se sentou ao meu lado, e então voltei a falar: ― Mari e Max estão passando alguns dias aqui para me ajudar com a papelada da adoção, mas vão embora depois de amanhã.

― Adoção?

― Isso aí. Eu vou adotar o Luca Lopez...

― O filho da sua falecida amiga? Não acha que está se precipitando...

― Não, eu não acho! ― Falei convicta. E por mais que a reação do Alec não tenha sido das melhores, não foi uma surpresa pra mim. Ao contrário de mim, ele tinha o espírito livre e eu duvidava muito que ele formasse uma família antes dos trinta e cinco. ― Antes de tudo isso acontecer, eu já o tinha como um filho, e, agora, esse sentimento apenas aumentou. Estou ciente de que para algumas pessoas eu esteja abrindo mão de muitas coisas, mas a verdade é que não me sinto perdendo nada.

― Então está certa sobre isso? ― Perguntou.

― Sim, estou! ― Afirmei contente com a minha decisão, e o capitão assentiu com um balançar de cabeça, junto a sorriso meia boca. Ele estava preocupado comigo... ― Vou ficar bem, capitão.

― Tenho certeza que vai. ― Alec finalmente sorriu de verdade dessa vez, fazendo meu coração se aquecer. Me sentia culpada por não poder retribuir o amor que ele sentia por mim, mas vê-lo sorrir daquela forma, me deu esperanças de que ainda não era o fim da nossa amizade.

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