As semanas se passavam, o final do ano letivo se aproximava assim como o aniversário de Katsuo e Tsubaki passava o tempo no Olho de Gato, aprendendo com Miwa como era ser uma dona de casa.
–Então, você coloca o bolo para assar nessa temperatura por meia hora– A Nekomata terminou a explicação.
–E se eu usar magia?– Perguntou a sacerdotisa.
–Ele vai ficar mais feliz se souber que você preparou manualmente– Respondeu Miwa, sorrindo.
–Entendo– Tsubaki assentiu, mas não estava entendendo nada.
–Tsuo-kun é um rapaz simples, vai ficar feliz com qualquer coisa que faça por ele.
–A senhora sabe que ele será um exorcista, por que deixou que fizesse amizade com o seu filho?– A feiticeira mudou de assunto.
–Porque eu quero que meu filho esteja protegido quando eu me for, ao menos o mais fraco de todos... e a senhora pare de mudar de assunto, estamos aqui para você aprender como é ser uma dona de casa.
A jovem assentiu, já tinha tirado sua dúvida.
–Eu tinha o plano de sequestrar o Tsuo-kun quando ele e Yuto se conheceram no jardim de infância, queria usá-lo como proteção para meus filhos– A youkai suspirou. –Mas acabei me apegando demais ao e vi ele crescer junto de Yuto, os dois, melhores amigos apesar de serem tão diferentes... vamos parar de falar do passado, agora precisa aprender a saber a textura exato do bolo pronto.
Tsubaki assentiu novamente e se pôs a prestar atenção no que Miwa fazia, assim, terminando a semana de provas, restava a Katsuo e Yuto orarem para terem sido aprovados na escola.
–Tsu... Tsubaki?– Chamou Katsuo.
O trio estava na minivan esperando a luz do semáforo se tornar verde.
–Diga– Ela respondeu.
–Poderia levar eu e o Yuto ao templo do deus Hotei?– Perguntou.
–Por que precisam ir ao templo?– Indagou a sacerdotisa, acelerando o veículo.
–É para rezarmos, precisamos ser aprovados ou não iremos ao último torneio do clube.
–Vocês estudaram bastante– Comentou a feiticeira.
–É que não somos inteligentes– Informou Yuto.
–Não somos– O samurai balançou a cabeça negativamente.
A moça assentiu, seguindo outra rua da que eles costumavam ir, não demorou muito para que eles chegassem ao grande templo que ficava no centro da cidade, eles desembarcaram da minivan e subiram a escadaria, passando pelo torii (arco) e pela temizuya (fonte de água sagrada), fazendo o ritual de lavar a mão e a boca. O templo do deus da benevolência estava quase vazio, Tsubaki não entendia o porquê deles estarem ali e não do templo do deus da sabedoria.
–Por que não fomos para o templo do Juroujin-sama?– Ela perguntou.
–Porque as provas já terminaram e queremos um milagre– Respondeu Yuto, dando uma risada sem graça.
Tsubaki franziu o cenho, agora entendia o motivo, ela esperou pela dupla, que fazia suas preces de joelhos diante da estátua do deus Hotei.
–Podemos ir– Avisou Katsuo, levantando-se.
O trio retornou para a minivan, Tsubaki dirigiu até o Neko no Me, onde deixou Yuto.
–Tsubaki?– Chamou o samurai.
–Diga– Ela respondeu.
–Amanhã é sábado... eu não tenho aula... você... quer ir num... encontro comigo?– O rapaz corou até as orelhas, não acreditava que tinha dito aquilo.
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A Dança das Camélias (CONCLUÍDA)
RomanceUm casamento, duas pessoas completamente opostas, tanto na personalidade como em suas origens, Tsubaki, uma poderosa e inexpressiva feiticeira, causadora de problemas para o Segundo Império, governo dos exorcistas no Japão, e Katsuo, um novato e tím...