Capítulo XI (violência psicológica)

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Takeshi não conseguiu sua vingança, Tsubaki era imune às suas palavras, mas ele tinha alguém para usar: Katsuo.

–Sente– O patriarca tinha chamado o filho para conversar.

–Senhor– O rapaz se acomodou diante do pai.

–Soube pelos juízes que Tsubaki vai participar do próximo evento... por que você a deixou participar?

–Porque eu quero que ela continue, não quero ser o que atrapalha ela de fazer as coisas que sempre fez.

–Ela é sua esposa, Katsuo, a obrigação dela é te servir.

–Eu quero ser o marido dela, não o mestre dela– Ele avisou. –Eu vou obedecê-la porque prefiro morrer antes que a Tsubaki comece a me odiar.

–A sua mãe te mimou demais, eu deveria ter pegado toda sua educação invés de ter apenas te treinado.

–Não fale isso como se a culpasse, a minha mãe nunca fez nada de errado.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>AVISO<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<

A PRÓXIMA CENA SERÁ SEGUIDA DE HUMILHAÇÕES, OFENSAS, INCENTIVO AO SUÍCIDIO, TORTURA MENTAL, MAS NECESSÁRIA PARA A REPARAÇÃO DE UM PERSONAGEM.







–Você é o erro dela– O patriarca encarou o filho. –Se ela não tivesse quase te perdido no parto, eu teria pegado sua educação, te deixei com ela porque os anciãos disseram que era um sinal que ela deveria te cuidar já que tinha quase causado sua morte, eu não deveria ter escutado aqueles velhos supersticiosos, você não seria assim se eu tivesse te educado.

–Então me deixe em paz se eu sou um erro!– Katsuo sentiu uma imensa vontade de chorar. –Me deixe viver do meu jeito, o senhor não pode corrigir um erro sem destruí-lo, a menos que me mate, eu vou continuar sendo esse erro que está vendo!

O jovem samurai se levantou, saindo do escritório, Takeshi suspirou.

"Eu não queria ter que te usar novamente". Ele pensou.

Katsuo se retirou para o quarto, lá sentou na cama e se pôs a chorar, não entendia o porquê de seu pai ter tanta vontade de fazer mal para ele.

–Katsuo, por que está chorando?– Era Tsubaki.

A sacerdotisa tinha vindo pois tinha escutado algumas vozes alteradas e desconfiava que era de seu marido, o samurai se levantou num pulo, não queria estar chorando na frente dela novamente.

–O... o que está... fazendo aqui?– Ele perguntou.

–Ouvi alguns gritos e pensei que seu pai estava te importunando, foi ele que te fez chorar? O que ele te disse dessa vez?

O espadachim desistiu naquele momento, estava cansando de tudo e chorou.

–Ele... disse que sou um erro.

Tsubaki se aproximou.

–Você não é um erro, Katsuo.

–Mas tudo o que eu faço... tudo o que eu fiz... nunca está bom para ele.

–Katsuo, olhe para mim... eu não sou capaz de te consolar como deveria fazer– Ela o encarou. –Sou sua esposa, mas não sou capaz de exercer meus deveres, não fui treinada para isso.

–Está... tudo bem... você está aqui– Katsuo corou.

–Precisa de um abraço? É isso que as pessoas fazem quando a outra está triste?

A Dança das Camélias (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now