Faeria {Jikook}

1°|Capítulo 19 - Jimin

Sinto minha mente flutuar em meio ao álcool que me consome, como uma nuvem cor de rosa fofinha, tão doce quanto o próprio algodão doce; que leva meu corpo a profunda excitação ao mesmo tempo que o vinho rosa transborda o fogo em mim.

Meu casaco azul transparente aberto, amostrando meu peitoral e meu abdome esguio, deixa tudo mais delicioso; por mais que eu ainda esteja usando calças coladas em minhas coxas e minha bota de cristal que me acompanha no ritmo da música.

Não há música pelo quarto, mas minha mente projeta sons que certamente envolveriam meu corpo me encoxando com cada nota musical, do DÓ ao SI; transformando meu corpo nos instrumentos dos Deuses, que tocam cada corda de meu corpo me deixando excitado, me usando enquanto um deles se deita comigo nessa deliciosa cama dossel, por dentro de um quarto completamente branco, com lençóis tecidos pelas mãos das fadas e o algodão dos travesseiros, tirados das arvores raras que crescem nesse país deslumbrante.

Talvez Jungkook tenha tido a impressão errada das fadas, e talvez até mesmo eu tenha, mas tudo parece diferente, a rainha parece tão gentil, nos concedeu quartos e a garantia de que voltaríamos sã e salvos para Encantia. Tínhamos mais seis chaves para encontrar, mas tudo o que eu quero nesse momento e sentir meu próprio corpo.

O sol ilumina todo o lugar, eu devia ter ido almoçar com todos, mas eu disse a Jungkook que queria aproveitar aquela cama enquanto podia. Mesmo tendo os lençóis do melhor tecido, nada era como esses do reino das fadas, eu quero senti-los um pouco mais antes de nós irmos embora.

O vento deixa as cortinas brancas balançando sobre a porta aberta que dá para a sacada.

Os dias aqui nesse reino parecem confusos, não sei quantos devem ter passado, mas de que importa, se isso o que estou sentindo é perfeito?

Bebo o resto do vinho da taça de cristal e a coloco no chão, bem na beirada da cama, onde algumas partes do lençol cor de rosa se encontra caído. Me sento na beirada da cama puxando meu casaco transparente para que eu não me sente nele e atrapalhe o movimento de minhas mãos; e me jogo para traz, fazendo parte de meu cabelo loiro cair em meu rosto quando bati a cabeça no colchão macio como as plumas de um cisne.

Eu me toco sentindo meu corpo quente por culpado vinho, e passo os dedos por meus lábios, querendo que alguém os beije, lembrando do que Jungkook me disse em meio ao jantar no apartamento, tentando me lembrar do dia em que eu o beijei, e essa lembrança se foi de mim. Sinto meu rosto se avermelhar e eu deslizar as mãos por meu pescoço roçando meus dedos perto da clavícula onde havia uma de minhas pintas. Me lembro das histórias que mamãe me contava quando criança.

As pintas que temos no corpo, são os lugares favoritos onde nossa alma gêmea gosta de beijar.

Eu tenho ao todo doze pintas. A primeira é a que estou acariciando no pescoço sentindo meu corpo ficar cada vez mais excitado, uma em cima do umbigo, três em um lado da virilha e um do outro lado, mais duas perto do joelho, uma perto do tornozelo e três no peito do pé esquerdo, três como estrelas trigêmeas.

Desço minhas mãos acariciando meus mamilos, enquanto meus gemidos percorrem o quarto se unindo ao vento que os leva para longe. Meu corpo arrepia a cada toque de meus dedos, e me sinto ofegante com o álcool piorando tudo. Sinto meu coração bater mais forte a cada toque, e meus batimentos cardíacos acelerarem deixando tudo mais gostoso. Eu fecho meus olhos sentindo meu corpo vibrar quando eu apertei meus mamilos e meus gemidos responderam ao tesão.

Me vejo sendo tomado pela cintura com o garoto que sonhei, vejo aquelas mãos grossas apertarem minha cintura me fazendo encurvar enquanto seus lábios beijam meu pescoço e segue dando beijinhos em meu peitoral desnudo; deixando a marca de seus lábios rosados e quentes por meus mamilos, assim como sua língua que pousou sobre eles e começou a lambe-lo; a chupa-lo intensamente. Por mais que eu esteja apenas imaginando, é como se ele mesmo estivesse me tocando pessoalmente; eu o queria, e isso era tão obvio.