1°|Capítulo 29 - Jimin

637 95 12
                                    

Em um momento, eu estava no quarto, e de repente não estou mais. Me lembro de ter pegado no sono, mas a onde eu estou? eu não faço a mínima ideia. Nunca estive aqui e tudo isso parece um poço de escuridão.

Morri e não estou sabendo? Ou eu estou imaginando coisas sem sentido. Devo ter bebido algum álcool e não estou sabendo. A última lembrança que tenho, é de estar observando Jungkook dentro do círculo aceso e chamas.

Quero tocar suas costas, mas eu não poderia, ou isso o atrapalharia. Eu queria saber a real história por traz dela, e por que parece que ela foi recém-fechada? Eu pude ver as casquinha da feriada em algumas partes da queimadura, elas não estavam assim da última vez que eu o vi sem camisa; e por mais que eu adorava admirar suas costas, algo parecia incerto, isso não é normal, elas já estavam cicatrizadas, por que a ferida teria aberto?

Antes de estar nesse lugar que parece mais o céu noturno sem estrelas e sem-terra para pisar; eu estava sonhando com uma criança parecida com ele, e me pergunto se isso é obra de minha imaginação ou parte da minha vida. Eu não lembro de mais nada do sonho, apenas dele criança.

- Jimin - Chama alguém em meio ao vazio.

Eu não vejo ninguém, e quando caminho, é como se eu estivesse pisando na superfície da água. Sinto meu corpo gelar com a temperatura que esse lugar emana; mas me mantenho firme, não posso me dar ao luxo de abaixar a guarda.

Continuo seguindo e frente, em direção a voz que me chamou, e conforme eu vou andando, uma mulher sentada toma forma. Ela é linda; está com um vestido negro e longo; seus pés descalços estão com cicatrizes por eles, e totalmente queimados, mas cicatrizados; como se seus pés houvessem tido uma queimadura de terceiro grau, e talvez ela realmente teve, mas como? Seus cabelos longos estão desgrenhados, com fios embaraçados, e por cima de sua cabeça, está uma coroa dourada com pedras negras, e mais uma maior na frente; eu tive uma suspeita de quem ela seria. Mas não pela coroa, mas pela quantidade de correntes que havia nela.

As correntes eram uma forma de manter sua magia inativa, ela era imortal, nada a machucaria, e algo fez com que seus pés ficassem marcados.

- Rainha má?

- Sim querido; você me reconhece - diz ela erguendo seu olhar até mim, que parei de frente a ela, ainda sentada. Não demorou muito até que ela começou a se levantar, com suas correntes fazendo barulho, com elas batendo umas contra as outras, e a própria Rainha, tendo dificuldade para se levantar. É tão engraçado que até mesmo ela é maior do que eu; não posso fazer nada se o filho parece um poste. Mais um motivo para ele me deixar excitado. Ela leva suas mãos até a coroa, a retirando de sua cabeça - Entregue isso a ele.

- Sua coroa? - indago tentando achar o sentido em entregar a Jungkook; a coroa de sua mãe.

- Ela não é o que parece ser, não posso mostrar no momento, mas ele pode desfazer o disfarce - ela não coloca em minha mão, por mais que eu tenha a estendido e em seguida me sentido completamente envergonhado por isso; mas ela a levanta, levando a coroa até minha cabeça, a pousando por cima. É engraçado, porque a coroa fica um pouco grande em minha cabeça; ela cai um pouco para o lado, mas ela a ajusta de uma forma que eu possa me locomover sem que ela caia - Ela é uma das sete chaves que vocês precisam. A chave de Jungkook. Eu queria ter entregado a ele quando veio me ver através da comunicação mental, mas tivemos uma briga antes, e não foi possível.

- Uma briga? - arqueio a sobrancelha, e eu realmente estava curioso, eu não disfarçaria que queria saber o que havia acontecido - Sobre o que exatamente?

- Sobre a rosa em suas costas. Eu sei que você também quer saber - Ela levanta sua mão levando até meu peito, me deixando completamente arrepiado. E em seguida, ela pressiona sua mão, e me empurra - Eu te mostrarei tudo o que quer saber. Não posso fazer magia lá fora, mas em nossas mentes é diferente.

Faeria {Jikook}Where stories live. Discover now