1°|Capítulo 34 - Jungkook

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- Jungkook.

Sussurrou uma voz ao nevoeiro, em meio aos meus sonhos.

- Jungkook.

Essa voz... não parece ser a do garoto que dorme ao meu lado. Ela é mais serena, mais doce, e é de uma pessoa que todos nós conhecemos. Uma pessoa gentil e bondosa, que está sempre usando rosa, como sua mãe.

- Jungkook.

Acordo me levantando as pressas sem qualquer coberta me cobrindo; estando apenas com uma cueca roxa escura. Meus olhos estão moles, mas consigo ver meu quarto coberto por uma névoa dourada; pisco rapidamente virando meu rosto para Jimin, que estava seminu; coberto até a cintura com seus cabelos caídos no travesseiro. Suas mãos estão quase unidas perto de seu rosto; ele tem a aparência de um anjo dormindo, com sua beleza extravagante tomando meu coração com o fio vermelho que nos unia. Suas asas que antes eram reluzentes, agora, seu brilho havia diminuído e se tornado cinza, pois ele estava dormindo.

Ele havia me contado tudo o que minha mãe - e que agora também era a sua - o disse. Agora, eu estava tentando processar tudo.

Eu sou o serafim das sombras, ou esse é apenas um nome dado a mim pelo meu pai - Tânatos, o serafim da morte, o serafim que leva as almas dos mortos até o submundo, onde ele e o rei do submundo decidem para onde cada alma vai. A floresta do sonho profundo é para as pessoas boas, o bosque infernal para as pessoas más, e o campo das almas perdidas para as almas indecisas entre o bem e o mal, consideradas insignificantes.

Mas ser nomeado um serafim das sombras não diz nada. Sou apenas eu, meio bruxo seráfico, meio serafim. Me lembro nas histórias, que havia um pesadelo das sombras, mas de alguma forma, diz que meu pai o matou. Ser filho do serafim da morte não mudava nada, eu apenas tive de volta as minhas belas asas negras - que foram roubadas por minha mãe quando eu nasci - e minha magia estando mais forte que o normal. Só não fora do controle como a de Jimin, que enquanto eu o fodia; transformou os lençóis em ouro, soltando um pó que deu o que fazer para serem retirados de nossos corpos. Sem contar nos rubis que ficaram aparecendo a cada gemido.

Eu acabei jogando fora os lençóis; todos lambuzados, e de ouro; algo que não há nesse castelo. é melhor deixar nossos dons longe da visão e dos ouvidos da rainha. Eu sei que ela fez alguma coisa com os outros meninos, e nós iremos acha-los. e o bom das minhas asas, é que elas se transformam em sombras quando eu desejo, sombras que são invisíveis a olho nu. Elas só aparecem novamente, quando eu decido que há de aparecer.

Um ponto importante. Não tenho mais a cicatriz em forma de rosa, minha pele está completamente lisa, sem qualquer resquício de sua presença.

Deixo o rosto do loirinho que estava virado para mim, vendo sua chave caída entre os braços, amarrada em seu pescoço com uma corrente fina que ele criou com seus cristais. E sobre os rubis, eu os transformei em maçãs - os que não foram estilhaçados por seus gemidos - com o dom que recebi da serafim; parece que além de molda-los, posso transformar o que eu toco em maçã, e nós as comemos todos no mesmo dia.

Viro meu rosto tendo visão completa da nevoa que nos circula, e vejo a forma de uma pessoa de pé ao meu lado, só que o corpo da pessoa, é feito completamente com a névoa dourada.

- Seokjin? - pergunto coçando os olhos, mesmo sabendo que é realmente ele; e essa névoa, é o seu dom recebido pela serafim.

Ele tem a capacidade de manipular a névoa e faze-la tomar a forma que ele quiser; fazer o que ele quiser. Sem contar que ele pode usa-la de forma mental, e faze-la entrar no corpo das pessoas e manipula-las; tirar completamente seus sentidos, ou fazer as pessoas dormirem pelo tempo que ele quiser, assim como na história de sua mãe, em que ela é amaldiçoada a dormir por cem anos.

Faeria {Jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora