Faeria {Jikook}

1°|Capítulo 60 - Taehyung

Me sinto tão... feliz! Eu estou tendo a oportunidade perfeita de usar minha faca, de usar Baalberith, e me satisfazer de cada corte que faço sobre a pele daqueles que decidiram ficar ao lado de Odete. O corte perfeito da carne sendo dividida ao meio, faz com que meu coração pule, deixando minha respiração ofegante, e meu corpo excitado.

Hoseok continuava ao meu lado, segurando para não vomitar, tentando afastar a imagem horripilante de minha faca mutilando cada uma das pessoas que se opõe a nós. Seu estomago é frágil, assim como sua mente que se quebraria apenas por cogitar me amar. Não quero machuca-lo, não quero que ele se quebre. Sua mente está ficando perturbada, e ele quer me satisfazer a qualquer custo. E tudo piora quando ele tenta fazer algo que não consegue - matar.

A cada um que se aproxima de nós, ele os joga para longe com seus cabelos se estendendo e enrolando no corpo deles como cobras. Ele não consegue matar olhando nos olhos das pessoas, ele não consegue ver a vida deles indo embora por suas próprias mãos. Ele é frágil apesar de seu corpo gostoso, que me deixa excitado e que me faz me odiar a cada minuto por estar tentando o afastar.

Pego meu chapéu novamente com minha mão esquerda, e com a direita, vou tirando cinco agulhas com setenta centímetros cada, e em cada uma delas que joguei para o alto, eu adentro minha mão ao chapéu novamente, e faço uma manopla a envolver, com cinco fios azuis que se conectaram as agulhas ao retira-los do chapéu. Desde o meu último feitiço feito no calor do momento e meu corpo sendo movido pelo arrebatamento; descobri que posso manipular meus objetos criados, assim como Hoseok pode manipular seus cabelos estendidos, os fazendo se arrastar como cobra, ou alguns de seus fios tomara a forma de brocas, machados, espadas...

Cada agulha corresponde aos meus sentimentos. Elas são tão belas, que até mesmo a luz da lua nova se reflete sobre sua superfície espelhada. Balanço meus dedos refletindo meus pensamentos sobre meu poder, e conforme admiro os humanos avançarem contra nós, as agulhas avançam em uma velocidade que eles foram incapazes de prever meus movimentos, espetando cada pedacinho de seus corações, picotando seus corpos, manchando minhas agulhas com o maravilhoso vermelho do sangue.

Estou abismado com o quanto poder Odete tem dentro de si. Ela não para, e a cada momento, mais soldados de papel, ou guerreiros que se aliaram a ela, atacam cada um de nós sete. Não posso pensar que antes, nós éramos oito, não posso pensar que ela matou Carrot com tanta facilidade, que foi como cortar seus cabelos com tesoura de escola. Meu coração para ao sentir a fúria tomar conta de meus movimentos, e a faca pousar em minhas mãos novamente, pulando para cima daquele que deixei passar.

Com um simples gesto, eu corto seu pescoço com o balançar delicado de minha mão, flexionando meu pulso, atingindo o ápice de minha raiva, cortando precisamente seu pescoço, com tanta graciosidade e destreza que o sangue sequer espirrou sobre mim. Mas eu estava insatisfeito, e quando o corpo do guerreiro caiu sobre o solo, eu me sentei sobre ele, e comecei a dar facadas em seu peito, espirrando o sangue sobre minhas roupas azuladas, a manchando todinha.

Depois da performance de Jimin e Jungkook, dançando lindamente e ao mesmo tempo desenvolvendo um dos maiores feitiços já vistos. Os soldados de papel negro, que eram tão duros quanto rochas, foram quase totalmente reduzidos, mas ainda faltava muitos, além dos gigantes de Odete lutando contra os de Jungkook. Ver tudo isso, me deixou paralisado com tanta beleza, eu fiquei sem me mover por quase quinze minutos, até Hoseok me trazer para a realidade com um toque em meu pulso.

Mas tinha aquilo... eu estava ficando cansado a cada segundo que usava meus poderes, minha faca... temo não conseguir ir até o fim. Farei o possível para chegar até lá.

"Gosto de você Taehyung, você é divertido!" disse a voz de Odete em minha mente, e um frio percorre minha espinha, ao mesmo tempo que giro meu corpo cortando o braço de um dos guerreiros e com mais um giro, eu dividi o corpo de outra guerreira.