CAP. 2 - Prisão

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- Meu Deus... O que.. o que houve..?

Acordo, sussurrando baixo, sem entender aonde estava, sem saber se estava dia ou noite e com uma dor enorme na cabeça. Abro os olhos vagarosamente, eu estava em um lugar um tanto sujo, olho ao meu redor, estou em uma jaula?

Era praticamente uma gaiola, mas vinte vezes maior. Tudo em volta era escuro, via apenas a mim mesma e a minha jaula, com uma pequena fresta de luz sobre mim. Eu tinha apenas um colchão e... Doces? A última coisa que pensei que fosse encontrar, doces e papéis de doces já usados, espalhados por todo o chão da minha prisão.

 Doces? A última coisa que pensei que fosse encontrar, doces e papéis de doces já usados, espalhados por todo o chão da minha prisão

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Deus... Eu começo a me recordar... Não.. não pode ser real. Seria impossível aquilo existir. Estou delirando? É um pesadelo horrível... Não consigo acreditar.

Alguns minutos se passam, parecendo segundos, comigo tentando colocar o juízo em seu lugar. Até eu ouvir passos e algo se rastejando as vezes... Tento enxergar algo naquele breu, mas escuto apenas sons mórbidos.

Vejo a silhueta de alguém se aproximar da jaula. Era real? Aquela besta em minha frente não foi um pesadelo? Não. Eu o via em minha frente, com toda certeza, ele estava ali, me encarando. Sorrindo.

- Olá... Minha cadelinha!

Franzo a testa, como sinal de indignação. Quem ele pensa que é para falar assim comigo? Minha vontade era de xinga-lo, mas ainda não estou tão doida, aquela voz me amedrontava...

- O-olá... - respondo com receio.

- Gostou do seu novo Lar? - Ele ri sem se preocupar com nada.

- Eu... O que você vai fazer comigo?

Era o que eu mais queria saber, para que eu iria servir a ele, por que ele me quis...

- Querida, você mesmo disse que iria brincar comigo. Não foi esse o nosso acordo?

Concordei com a cabeça baixa.

- Mas... Você também pode ser o meu brinquedo se eu quiser! - Ele ri, debochando. - Não, não, minha cadelinha... Aqui você irá apenas me obedecer! Ou então... Será castigada severamente.

Um arrepio contínuo passa pelo meu corpo. O que ele queria dizer com castigo? O que eu teria que fazer para ele? Nesse momento eu só conseguia pensar no que deixei para trás... Meu irmão.. minha vó...

- O-o que eu terei que fazer?

O sorriso dele abre mais ainda... Me deixando mais apreensiva... Aqueles dentes enormes, aquelas mãos... Algo me diz que eu poderia morrer a qualquer instante.

- Tudo o que o seu DONO quiser!...

- Você deve ser muito melhor de brincar do que uma criança mimada...

Eu o encaro perplexa.

- Você... Vai querer brincar comigo?!

Ele me encara também, como se a minha pergunta fosse estúpida, criando um sorriso tosco em sua face.

Jack Risonho - O SacrifícioOnde histórias criam vida. Descubra agora