CAP. 11 - Em Minhas Veias

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Bella:

Sinto a minha cabeça em êxtase... Como se estivesse passeando em minha própria mente, um feitiço... Mas logo os meus olhos abrem, sinto-me zonza... Como se tivesse perdido os sentidos, minha alma saiu do meu corpo e voltou...

Tento mover os braços mas não consigo por algum motivo. Estou presa em algo. Minhas mãos e pulsos estão amarrados acima de minha cabeça, presa em algo.

Estava um breu, não consigo ver nada ao meu redor, mas sinto estar deitada em um algo macio.

Jack... Nós estávamos no parque, isso! O que houve depois?... Saímos do teatro, tudo estava indo bem, mas logo escolhi ir na casa de espelhos, e depois...

Ele quis brincar... Então acabei fugindo dele eu acho... Mas ele me encontrou muito rápido. Os espelhos, todos refletindo ele em minha frente, eu estava encurralada, mas acabei encostando em Jack quando tentei recuar, ele segurou o meu ombro.

Quando segurei as suas garras... Ele abaixou o seu rosto e abriu a boca perto da minha mão, pensei que ia arrancar-la... Mas ele colocou a sua língua para fora... Meu Deus...

Me deu alguns calafrios por ser tão repentino, mas o toque molhado da sua língua despertaram algo em mim, nunca senti isso antes...

Droga, fiz uma pergunta idiota, como se estivesse pedindo para ser punida! Aquela não era mais eu. Sinto o seu controle sobre mim, como se eu fizesse parte de tudo isso.

Agora estou aqui, tentando não entrar em aflição, esperando alguma coisa.
Vejo os olhos de Jack se aproximarem na penumbra.

- Jack..? O que estou fazendo aqui...

Começo a entrar em pânico, tentando me soltar das amarras.

- Você já se esqueceu cadelinha? Quero experimentar todo o seu corpo.

Não... Isso não pode estar acontecendo... Eu fiz tudo certo, fiz tudo o que ele mandou. E agora serei morta da pior maneira que consigo imaginar no momento.

- Você vai me devorar??

Falo sem conseguir conter algumas lágrimas.

Ele apenas aproxima-se como um vulto, quando percebo sua boca está próxima ao meu pescoço, sinto a sua respiração, como se quisesse absorver todo o meu cheiro...

Céus... Espero que seja uma morte rápida...

Logo sinto a sua língua em meu pescoço, como se fosse um longo passeio. A sua língua... Essa sensação é tão boa... Mas mesmo assim tenho que me conter, não posso pensar nisso em uma hora dessas.

Agora sinto os seus lábios chuparem o meu pescoço, com os seus dentes gelados encostando um por um em minha pele... Sinto eles afundarem, me fazendo soltar um gemido de dor.

- Não Jack... Por favor...

Estava doendo... Droga.. estava bom ao mesmo tempo. Por incrível que pareça ele ainda estava sendo gentil.

A sua língua estava esfregando-se em meu sangue, como se fosse a melhor coisa para ele. O meu medo diminui a cada instante que sinto o seu toque, seus lábios em minha pele...

Sim, eu estava machucada. Sentia o sangue escorrer em meus seios. Mas Jack tentava lamber todo o sangue que estava escorrendo, como se não quisesse desperdiçar nenhuma gota.

Fecho os olhos, esperando...

Ele passa a sua língua até o meu ombro, aonde fica chupando e logo morde... Dessa vez não sinto o sangue escorrer pois ele não para de chupar e passar a sua língua por toda a mordida, não deixando uma gota escapar.

Já não sinto medo algum, apenas um certo prazer com a sua veracidade, sua língua em meu corpo... Não quero que acabe tão cedo. Eu era sua, apenas.

Mordo os lábios, contraindo os meus olhos junto com a dor em suas mordidas. Ele para subitamente e me encara, nossos rostos estão frente a frente, mas era como se algo estivesse errado. Apenas desejo que ele continue.

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Jack:

Mal consigo controlar a droga da minha respiração, apenas preciso do seu gosto em minha língua. Não consigo controlar nem a merda do meu pau com essa adrenalina do caralho.

Mas... Sinto algo errado em seu sangue. Não consigo mais sentir o medo em suas veias. Nem o cheiro de pânico exalando de sua pele.

Porra, essa garota tá ficando excitada com isso. É óbvio em sua expressão, o seu odor mudou totalmente, sinto os seus feromônios saírem do seu corpo.

Ela é realmente uma putinha.

Encaro ela frente a frente esperando sua reação. Irei brincar um pouco com essa situação inusitada.

- Está gostando, putinha?...

Falo enquanto passo minha língua em sua bochecha, sentindo as suas lágrimas secas.

- Não.. eu não sou uma putinha!

Quem ela pensa que é para falar assim comigo? Cadela.
Apenas seguro o seu pescoço com força, fazendo-a gemer de dor.

- Sim! Você é a minha putinha!

Falo alto em seu ouvido, mordendo o mesmo, arrancando algumas gotas de sangue, as quais lambo imediatamente.

Mordo o outro lado de seu pescoço sem pensar duas vezes. Agora ela está gemendo, mas não é apenas de pura dor. Putinha.

- Então você era uma pervertida esse tempo todo cadelinha...

Coloco minhas garras em sua boca, não a deixando responder. Abaixo-me até a sua cintura, levantando o seu vestido um pouco acima dos joelhos.

- Putinha pervertida...
Sussurro para mim mesmo sem conseguir conter o meu sorriso.

Encaro suas coxas ilesas. Isso, quero sentir o seu sabor com a minha língua... Não aguento mais esperar.

Quando percebo estou apenas mordendo e chupando sua coxa como se nada mais importasse nessa droga de mundo.

Foda-se tudo.

Porra... Essa garota não para de gemer. Não estou reclamando.

Esse odor fica cada vez mais forte aqui em baixo... Não putinha... Você irá sofrer antes.

Dou três mordidas de uma vez em sua outra coxa, fazendo o seu sangue escorrer por toda a sua perna, enquanto minha língua brinca em meio a esse líquido carmesim.

Consigo sentir... Sinto o seu prazer porra... Ainda não entendo como isso é possível. Não podemos estar nos ligando. Essa conexão não deve existir. Desde Isaac... Não me conectei a mais ninguém.

Seu sangue não para de jorrar. Droga, não quero que ela morra ainda, acabaria com todo o nosso jogo.

Tento estancar as mordidas apenas com a minha boca, sugando e fazendo pressão. Eu preciso desse sangue, da sua carne. Mas por agora já basta.

Ergo-me devagar, encarando-a novamente, seus olhos estão quase fechando, como se fosse desmaiar.

Foda-se, melhor ela dormir... pois esse é só o começo da nossa brincadeira.

Jack Risonho - O SacrifícioWhere stories live. Discover now