Capítulo Quatorze

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*desculpa a demora, gente. Estava na semana de provas e também soube sobre um aplicativo que está plagiando livros no wattpad e fiquei com um pouco de medo de sofrer plágio, mas não posso parar de postar, então se souberem que o Sinistra foi plagiado me avisem!!*

O trem passa com suas luzes ligadas atrás de Harry. Não tem ninguém. Está completamente vazio. Me pergunto como está andando.

Harry está com seu corpo totalmente grudado ao meu e me prensando na parede. Suas costas está a centímetros dos vagões que passam em alta velocidade.

Sinto o calor se seu corpo se transferir para o meu. Uma eletricidade percorre meu corpo. Sinto meu coração bater fortemente.

Ainda sinto esse sentimento ao seu toque. Será que ele ainda sente? Será que um dia ele sentiu?

Eu me lembro de quando ainda não era uma Sinistra e acordava às seis e meia da manhã para me sentar ao lado da porta do prédio e assistir o garoto mais bonito do condomínio sair pelas portas do seu prédio.

Naquela época, não imaginava que um dia aquele garoto iria estar agarrado à mim contra uma parede em um túnel de metrô. Não imaginava que ele iria salvar minha vida diversas vezes. Não imaginava que um dia teríamos alguma conversa longa.

Nossos odores se misturando se tornam em um fedor insuportável. Precisamos tomar um banho urgentemente.

O último vagão passa como um borrão de luz. Nossos corpos não desgrudam. Por mais que o odor não esteja agradável, quero ficar o mais próximo dele possível. Sinto saudades dele. Saudades de nós.

Os outros, Claire.

Esse pensamento me afasta de Harry. Nós nos olhamos por alguns segundos. Penso que ele vai se aproximar novamente e me beijar. Fico esperando o momento, olhando seus belos olhos que são quase invisíveis no escuro. Mas o momento não acontece.

Ele se afasta, me desprendendo da parede. Respiro fundo.

Não somos mais os mesmos.

— Precisamos continuar. — ele fala.

Então, ele volta a sua caminhada de passos rápidos por cima dos trilhos.

Harry mudou. Eu mudei. As circunstâncias nos mudaram. Estamos sem sentimentos. Estamos nos transformando em mortos. Estamos nos transformando em zumbis.

Começo a seguir sua silhueta com passos rápidos. Nós seguimos até chegarmos onda há dois caminhos. Harry começa a seguir pela direita e diz:

— Por aqui.

Eu ergo as sobrancelhas. Acabo ficando um pouco para trás, pois fico parada encarando os caminhos.

— Como você sabe? — pergunto.

— Eu pegava o metrô todos os dias para ir para o meu trabalho — ele fala. Me surpreendo. Não sabia que Harry trabalhava. — Sei que é esse caminho, pois a linha que eu pegava era a que passava por aqui e sei que ela dá na estação onde os outros estão.

Ele vai se afastando cada vez mais. Corro para alcançá-lo.

— Nunca me contou que trabalhava — falo.

Escolhida || Livro 2 da Trilogia SinistraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora