Capítulo Quinze

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*Gente, não sei o que aconteceu, mas o Wattpad meio que bugou e postou o final do capítulo anterior que eu tinha descartado, eu já arrumei, não muda muita coisa, mas pelo menos não deixei aquele final confuso que estava*

Ari segura Louis pelo braço tão fortemente que as vezes me pergunto se está o machucando e se ela está fazendo isso para machuca-lo. A presença de Louis é ignorada por todos nós. Eu até havia me esquecido de que ele estava conosco.

Eles têm tanta raiva de Louis como se ele tivesse empurrado todos nós do prédio.

Não entendo direito o motivo. A única que tem o direito de ficar com ódio de Louis sou eu. Fui eu que quase morri quando Louis me empurrou. Fui eu que fiquei pendurada na borda do prédio. Fui eu que pirei quando fui ao meu quarto.

Me lembro do dia que fui empurrada. Me lembro da sensação de medo que senti. Lembro da altura que vi. Lembro que quase morri.

Essas lembranças fazem minha cabeça doer e meu coração se apertar.

Balanço a cabeça, para afastar os pensamentos. Não posso ficar pensando nisso agora. Estou na maior área de comércio do Brasil, onde milhões de pessoas estavam no dia em que tudo começou. Pode ser que tenha milhões de zumbis, ou simplesmente ruas com carros parados e corpos no chão, igual todas as ruas que passamos até agora.

Ao olhar ao redor, vejo milhares de lojas abandonadas e destruídas. Vejo alguns prédios residenciais por perto. Não acho que vamos encontrar alguma casa que sirva de abrigo para nós. Será que existem casas residenciais aqui? Por todas as ruas que passamos eu vi apenas estabelecimentos de comércio abandonados.

Continuamos caminhando. Vejo várias folhas voando com o vento. Percebo que algumas são notas de dinheiro e sua grande maioria são jornais totalmente acabados e ilegíveis.

Viramos em uma rua onde há um enorme parque de um lado da rua e do outro, mais áreas de comércio.

Passamos por um cruzamento e viramos uma rua onde o parque continua ocupando um dos lados da rua.

Vejo três residências nessa rua. Foram as primeiras casas que vi desde que cheguei nesse bairro. As ruas daqui deviam viver lotadas. Uma pena que eu nunca tenha vindo aqui antes disso tudo acontecer.

Harry vai em direção a uma das casas e fica em frente a um de seus portões. Ele agarra um cadeado que prende uma corrente em volta das grades do portão para deixá-lo trancado. O cadeado está muito enferrujado e parece estar aí faz anos. Provavelmente essa casa está assim desde que tudo aconteceu.

Nós nos afastamos do portão e Harry aponta a arma para o cadeado.

Dylan segura seu braço e o impede de atirar.

— O que está fazendo? — pergunta ele. — Vai atrair milhares de zumbis!

— Tem alguma ideia melhor? — Harry pergunta, secamente.

E então, antes que qualquer um responda, ele dispara. Um estrondo ocorre e faz minha cabeça doer. O cadeado se espatifa e a corrente escorrega para o chão.

Meu coração bate fortemente por causa do disparo. Respiro fundo.

Harry está fora de si. É como se a de olhos vermelhos tivesse ido para ele. Não o reconheço mais. Ele é outro. Completamente diferente.

Ele atravessa o portão e vai em direção à porta da frente. Os outros me encaram, como se esperassem que eu explicasse o que acabou de acontecer. Mas eu não falo nada. Nem eu sei o que acabou de acontecer.

Por que ele ficou assim de uma hora para outra? Será que foram as minhas atitudes? Será que foi minha culpa?

Me lembro do empurrão que dei nele. Me lembro de correr, chamando a atenção dele.

Escolhida || Livro 2 da Trilogia SinistraΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα