Escolhida || Livro 2 da Trilogia Sinistra

Capítulo Quarenta e Oito

*Gente, quero anunciar que esse livro está acabando... risus... e quero prepará-los para o terceiro. Como eu já disse, o terceiro (pra mim) vai ser o melhor de todos.*

Minha vontade é de pular no pescoço dele. De que lado você está?

Zayn nos mandou para fora do condomínio, enviou Louis para "nos ajudar" e fala que está juntando um grupo para derrubar a LPB. Mas será que está dizendo a verdade? Como ele chegou aqui? Ele não deveria estar no condomínio?

A porta se fecha.

— Bom dia Claire, acredito que tenha gostado de ficar esses três dias trancada aqui. — Ele caminha até a rachadura no chão que eu fiz e se vira para mim, que continuo ajoelhada.

Ele olha para cima. Acompanho seu olhar e vejo a câmera no centro da sala. Ele está de costas para ela. Então, eu me pergunto se ele está tentando me indicar para não revelar que está do meu lado ou se apenas está olhando para cima.

Não sei se isso é um jogo que a LPB está fazendo comigo ou se eu devo mesmo confiar em Zayn. Sei que a LPB pensa que Zayn está trabalhando para eles. Mas será que ele está trabalhando de verdade?

Por enquanto, decido não dizer nada. Não sei de que lado Zayn está.

— Sei que você já sabia que eu trabalhava aqui, mas esperava um pouco mais de surpresa no seu rosto... — ele fala, piscando para mim.

Então, me lembro do dia que ele piscou para mim quando estava sendo arrastada por guardas. Ele estava na frente de câmeras aquele dia. Ele está na frente — ou de costas, melhor dizendo — de uma câmera. Ele está me ajudando.

Ele vai me ajudar a escapar daqui. Ele vai me tirar daqui.

Eu preciso fingir que ele é da LPB. Preciso fingir que ele não nos ajudou.

— O condomínio não está mais como costumava ser. Todos que você conhece estão sendo torturados por Maléficos. Houveram mortes... muitas mortes. Uma pena não ter sido ninguém que você conhece...

Meu coração dispara. Bia está bem. Justin está bem. Lena está bem. Ele está tentando me informar das coisas que estão acontecendo no condomínio. Mesmo que seja de uma forma dolorosa.

— Bom, eu vim aqui te buscar e te levar para Brenda. Ela vai fazer alguns testes em você.

Ele caminha até mim e me puxa com tudo.

— O que vocês querem agora? — pergunto.

Zayn abre a porta do quarto e eu sou graças a Deus por sair desse hospício. Ele me empurra para fora, fecha a porta atrás dele enquanto quatro soldados entram em formação ao meu redor. Dois na minha frente e dois atrás. Zayn pega meu braço com força e começa a me puxar pelos corredores. Ele sussurra tão baixo, que quase não escuto:

— Um grupo daqui vai me ajudar a tirar vocês daqui, apenas aguarde meu sinal. Tomás está vivo.

Meu coração aperta com a notícia. Acabo tropeçando, mas Zayn aperta mais forte meu braço e me balança com brutalidade.

— Anda direito! — ele fala.

Tomás está vivo. Eu fico feliz, mas preciso fingir que estou brava e que não estou gostando nada dos berros de Zayn.

Mas Zayn vai nos tirar daqui. Ele vai nos salvar. Isso é tão bom. Talvez as coisas estejam voltando a dar certo para o meu lado. Espero que tudo dê certo.

Após atravessarmos milhares de corredores iguais, chegamos a um laboratório onde Branda conversa com um outro cientista. Assim que me vê, ela dispensa o cientista e sorri.