Capítulo Trinta e Cinco

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*gente, quero avisar que como minhas aulas voltaram, não vou ter tanto tempo como antes para postar como estava fazendo. Além disso, eu estou me dedicando também ao "Dream", então provavelmente eu postarei um capítulo por semana de cada um."

Tomás, Harry, Dylan, Louis e Demi correm em minha direção. Além deles, não conheço mais ninguém no grupo.

Nem consigo pensar direito. Pensei que tinha acabado. Pensei que Max havia ganhado. Mas ainda não. A guerra ainda não acabou. Eu ainda posso lutar.

O grupo para na minha frente. Eu levo um pequeno susto quando sou abraçada por Harry. Eu realmente não esperava ser abraçada por ele. Sinto o aperto forte e o cheiro que mistura suor e sangue. Não sei se o cheiro de sangue é meu ou dele.

— Não deveria ter corrido — ele fala me apertando mais ainda. — Estávamos preocupados!

— Eu estava pirando! — falo. — É culpa minha! Tudo isso é culpa minha!

Harry se afasta um pouco para falar algo. Mas antes que saia alguma coisa de sua boca, Tomás fala:

— Não há tempo para isso. — Ele parece estressado. Claro que ele está estressado, as pessoas que ele salvou estão sendo massacradas. — Precisamos expulsar esses desgraçados daqui.

Vejo Anne com meu arco e algumas flechas nas mãos saindo da barraca totalmente perfurada e rasgada. As crianças andam atrás dela. Percebo que tem algo amarrado no local onde está a ferida da bala. Ela deve ter feito um curativo com o tecido da barraca para estancar o sangramento. Mas não está adiantando muito.

Ela vem em minha direção e me entrega o arco e as flechas. Sorrio para ela, agradecendo.

Assim que Tomás percebe que Anne precisa de ajuda, ele dá ordens para três garotos levarem ela e as crianças para algum lugar chamado "Área Segura". Talvez seja algum esconderijo onde a LPB não encontrou. Os sobreviventes devem estar lá.

Os garotos afirmam com a cabeça e correm para ajudar Anne. Me despeço dela com um aceno. Ela retribui com um sorriso forçado.

Volto meu olhar para Tomás.

— Vamos, temos que voltar para a batalha. — ele diz.

Num piscar de olhos, vejo todos correndo para a direção do som dos disparos. Levo um segundo para perceber o que está acontecendo e então começo a ir com eles.

Corro ao lado de Harry enquanto atravessamos árvores.

— Como sabiam onde eu estava? — pergunto.

— Mike nos contou — Harry explica. — É óbvio que você é o alvo principal deles. Estava claro de que viriam atrás de você. Então, nós viemos te salvar.

Alvo principal. Não sou apenas o alvo principal, como também a causa de tudo isso ter acontecido. Eu deveria ter partido ontem.

— Eu deveria me entregar — falo.

Os tiros ficam cada vez mais altos cada centímetro que nós avançamos.

— Não, você não pode deixar que a LPB ganhe desse jeito! — ele fala. — Vamos sair dessa. Juntos.

Queria me virar para ele e sorrir. Mas a corrida se torna mais rápida e eu não consigo falar mais nada no caminho. Sinto uma forte dor nos meus pés. Quando me tornei uma Sinistra, as dores que eu sentia eram dez vezes piores. Não sei se eu já corri tanto que me acostumei as dores ou a de olhos vermelhos fez minhas dores sumirem.

Escolhida || Livro 2 da Trilogia SinistraWhere stories live. Discover now