Capítulo Quarenta e Um

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*desculpa a demora gente, estava em semana de provas. Vou tentar postar 3 essa semana pra compensar o tempo que eu fiquei sem postar*

Tanta destruição... tantas mortes...

Agora isso. Harry tossindo sangue. Claramente não é um sinal bom. Só espero que isso não seja tão grave quanto aparenta ser.

Pensei que os problemas iriam começar a diminuir quando sai do condomínio, mas parece que eles estão só aumentando.

— Faz quanto tempo que você está assim? — pergunto.

Ele fixa seus olhos profundos nos meus e eu consigo ver o quão preocupado ele está.

— Eu comecei a tossir um pouco depois de termos ido ao hospital. Até pensei que as tosses eram normais e que logo iam passar... mas um dia antes de fugirmos do condomínio eu comecei a tossir sangue.

— Por que não me contou antes? — digo.

— Você já estava se preocupando com tantas coisas... eu não queria mais uma pra sua cabeça. Mas agora parece estar piorando. Disfarcei bem as tossidas enquanto estávamos juntos. Talvez você nem tenha percebido.

Ele tem razão. Não percebi que estava tossindo. Minha cabeça está concentrada tantas coisas que eu... acabei não reparando...

Me sinto tão idiota por não ter notado. Me sinto uma péssima pessoa.

— Nós vamos descobrir o que está acontecendo com você — falo. — Eu não deixarei você morrer. Não deixarei ninguém morrer mais.

E então, eu o abraço fortemente. Seus braços me apertam contra seu corpo. Ninguém pode morrer. Eu só consigo pensar em uma maneira de não deixar ninguém morrer mais e sei que ninguém ficaria feliz se eu fizesse isso.

Espero que Harry não esteja infectado por algum vírus que Max criou. Normalmente, as pessoas infectadas morrem e revivem horas depois de serem infectadas. Se Harry está assim faz dias... significa que ele pode não estar infectado com o vírus.

Suspiro quando nos soltamos. Seguro a sua mão e continuo com os olhos mantidos nos seus.

Até ouvir o som de pés batendo contra o piso molhado atrás de mim. Harry desvia o olhar para a direção do som e eu me viro para ver.

Tomás vem até nós e aponta para o alto de um dos pilares que continua de pé. Quando olho para a direção que ele está apontando, vejo uma câmera que se move para a direita e para a esquerda. A câmera ainda está funcionando, mesmo depois de toda a destruição acusada ontem. E eu já até imagino quem está assistindo ao que a câmera está filmando.

Então é assim que ele está nos encontrando! A LPB deve ter acesso a todas as câmeras da cidade!

Eles estavam nos assistindo. Estavam vendo cada passo que dávamos.

— Vamos sair daqui — falo. — Antes que eles cheguem.

Tomás afirma com a cabeça e corre, falando para todos se levantarem e saírem da biblioteca.

— Agora eu entendi como eles estavam nos encontrando o tempo inteiro — diz Harry.

Existem câmeras em praticamente todas as ruas de São Paulo, mas eu jurava que nenhuma estava pegando. Igual às câmeras do condomínio. Diziam que não funcionavam, mas a LPB nos assistia como se fossemos pessoas de um Reality Show.

Juntamos nossas coisas e saímos da biblioteca. Minha fome estava começando a despertar e parecia que estava vindo furiosa. Eu deveria ter comido algo enquanto estávamos na biblioteca.

Escolhida || Livro 2 da Trilogia SinistraWhere stories live. Discover now