Mariah - "isso é ciumes?"

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Perguntei realmente assustada, ele só revirou os olhos.

-Não, nós só iremos mudar de apartamento. - Mantive-me parada, assimilando. - E rápido que estou com fome. - Ele veio até mim e me puxou como no dia que minha saia havia rasgou, medindo as forças, Chase me segura como uma princesa perto do bruto do seu irmão.

Recolhi minhas coisas, ele não ia o pegar as dele, mas só de ficar me olhando decidiu jogar seus ternos numa mala de rodinha também.

-Pronto?

-E as coisas que você colocou na geladeira? - Lembrei.

-Vamos colocar nessa mochila. - Ele abriu a geladeira e começou a colocar organizadamente dentro da mochila preta, fui ajudar.

Ele preferiu carregar minha mala de ombro, e eu fui puxando sua mala de viagem. Descemos até a recepção, fiquei com um pouco de vergonha, parecia que estamos fugindo, sem dizer que senti um holofote dizendo "eles são um casal".

-Eu quero cancelar minha estadia, e pode passar para seu superior que foi falta de privacidade e segurança, onde pessoas não autorizadas entraram em meu apartamento. - Ele foi grosseiro como devia ser, sem exagerar, sem gritar com a funcionária. - Agradeça por eu não demitir todos vocês.

Com as malas em mãos, andamos pela calçada, em silêncio, não ousei dizer nada, viramos a esquina, continuamos, por eu ser mais lenta fiquei um pouco para trás, e ele teve que me esperar de vez em quando, viramos a esquina de novo e entramos num hotel luxuoso.

-Boa tarde, me vê a cobertura. - Aí, ele quer me falir, só pode.

Ele passou o cartão preto dele, não preciso nem tentar ver o valor, sei que é caro demais. A atendente entrega um cartão cinza sem desenho ou escrito, parece mais um pedaço de papel cartão retangular.

-Me vê mais um desse. - E a mulher entregou outro idêntico.

Pegamos o elevador, maior e com musiquinha tocando, não sei se Chase reparou, ou nem está prestando atenção.

-Você pegou logo a cobertura, como vou conseguir pagar? A gente não pode pegar ou...

-Não quero falar sobre dinheiro agora. - Sua voz transpareceu estar tão chateado, que quase dá para ver sua mente trabalhando com engrenagens negativas.

Depois de um silêncio extenso, onde eu me culpava internamente por ser tão egoísta, cara, ele perdeu a mãe.

As portas se abrem e o corredor é bem pequeno, e há uma única porta, grande, com a maçaneta prata maior que meu braço, combinando com o design da porta, que há um risco no meio feito de vidro embaçada.

Ele encosta o cartão num círculo que fica onde deveria haver uma fechadura, e ao som de um clique de metal, ele empurra a porta que abre com facilidade, quase elogiei, parece tão moderno e tecnológico, mas me segurei, ele pode ficar mais chateado ainda, porque o hotel dele não é tão legal quanto esse.

Puxa vida! Fiu-fiu, que lugar lindo. Há dois quartos, cada um em sua privacidade, coloquei a mala de rodinhas no maior quarto, e ele colocou a minha no outro. Voltei para sala, há uma parede que divide a sala da cozinha, não pense que é uma parede de tijolos pintado de um branco comum, é uma divisória de vidro duplo, e dentro delas fica caindo água, achei um máximo.

-Legal o lance da água, né? - Ele reparou, não devia ter encarado tanto

Ai, será que está me testando?

-De noite, tem como acender uma luz negra que tem aqui em cima, ai a água parede roxa florescente. - Diz

-Interessante. - Mesmo tentando ser a mais indiferente possível, perto de sua voz mecânica e morta, pareço até animada.

As quatro agendasWhere stories live. Discover now