Chase - Kiss

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Havia um cara morto logo ali na piscina, mas meus olhos se mantiveram na mão de Mariah sobre o vidro da janela, enquanto eu pensava no próximo passo, seria razoável pegar ela e ir embora.

Demorei para acordar e ir atrás de Mariáh, ela virou e correu escadas abaixo mais rápido que meus pensamentos. Estou no topo ainda quando vejo ela ainda atordoada trombando com tudo contra um garçom, a princípio não me preocupei, estou acostumado a ver ela se jogando por aí, mas então, tudo rápido demais, taças estilhaçaram e sumiram debaixo dela, corri, mas outros chegaram primeiro. Nathan a pega pelos braços, mas ela está surtada.

-Sai, não encostem em mim. - Ela grita histérica, se debatendo toda, Nathan a solta logo em seguida, deixando-a cair em cima dos cacos de novo.

Estamos todos em volta dela, Ailee, Nathan, o garçom e mais duas curiosas, quando o sangue escorre debaixo dela, uma poça assustadora desliza pelo piso branco até a ponta de nossos pés.mim.

-Vinz? - Chamei assim que vi seus olhos revirarem, mas ela apagou logo em seguida.

Sei o que dizem de remover a vítima, mas não pensei, abaixei e a pegue no colo, senti o sangue quente e isso me arrepiou a espinha, com passadas largas, porque não dá pra correr com ela no colo, saio do lugar e vou direto pro meu carro, Nathan não me segue, mas vejo que foi para seu carro com Ailee. Coloco-a no banco de trás e dirijo direto para o Hospital mais perto.

Quando chego Jessie já está na entrada, não sei como ele consegue.

-Pode deixar. - Digo, desviando os braços que ele abriu quando apareci com ela no colo.

Esperamos vir os enfermeiros e a maca, levam-na, peço para Jessie ficar ali com ela, enquanto vou até o apartamento buscar roupas e coisas dela.

Estou há uma hora e meia e preciso dizer que esse hospital é uma bosta, só pode uma visita de cada vez, e não me deixam entrar, e Jessie não quer sair, desligou até o celular, assim que ele sair ganhará um quarto só pra ele, porque irei socá-lo.

O segurança da recepção foi ao banheiro, e a recepcionista estava tão entretida no telefone que tenho certeza que é o namorado se passando por paciente, aproveitei a oportunidade e corri pelo corredor, peguei a escada de emergência e fui até o quarto dela.

Eu nunca fui cauteloso, ansioso dês  dos meu quinze anos, sempre entrei fazendo barulho e estardalhaço, agora me arrependo de ter mudado, cheguei devagar, na hora errada. A porta está encosta, mas antes mesmo de ver alguma coisa escuto a voz dela dizendo "porque? Não era?"

Abro a porta e encontro Jessie inclinado sob a cama beijando-a.

Foram preciso segundos, menos que isso, para eu sair por onde entrei, eu fazia o caminho de volta lentamente, mas meus pensamentos estavam tão eufóricos que parecia que eu estava correndo.

Filhos da Puta!

Passo as mãos no rosto como se esse gesto pudesse limpar tudo que eu vi e senti, passo mais duas vezes, fecho as mãos, aperto os dedos, chego a porta das escadas e a chuto para abrir, as escadas são escuras, e soco o ar duas vezes, porque na terceira acertei a parede e doeu para um...

-Caralh* - Nem consigo terminar o palavrão, estou grunhindo pra não gritar.

E se eu só tiver visto a cena errada, e se ela empurrou ou bateu nele logo em seguida, abro a porta e volto correndo, não pode ser o que estou pensando, tudo que senti não foi inventado.

Chego perto da porta sem fôlego e observo pela fresta que deixei aberta.

-Bem, pelo menos acho que sei, deduzo pelo seu "eu, eu, eu". - Diz Jessie, rindo e Máriah esboça um sorriso também.

As quatro agendasWhere stories live. Discover now