Mariah - "Convites"

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Isso me deixa nervosa, sinto um frio, uma ansiedade estranha. Mas suas mãos não esperaram eu me recuperar, subiram pela minha barriga, levantando a camiseta até chegar a hora de tirar, eu o ajudei, e agradeci por estar escuro e o sutiã ser preto, estou pensando demais.

Seus beijos focaram no meu pescoço, arrepiando-me em instantes, descendo até os limites do sutiã, um e outro mais intenso e molhado que outro. Estou com short jeans, não é confortável para dormir, mas foi o primeiro que encontrei no quarto, agora seus dedos estão brigando com o botão, ele é muito ruim de sair mesmo. Foi inevitável, eu soltou um suspiro misturado com uma risada, se realmente existe um momento que a gente descobre que se apaixonou, foi esse.

Empurrei ele, querendo que saísse de cima, o deixei deitado com eu estava e sai da cama, de pé abri o botão e tirei o short, voltei, indo pra cima dele encarando uma silhueta escura, que me encara com o mesmo afinco, minha vez de ter o controle.

Meu beijo começa debaixo da orelha, enquanto meu corpo se esgueira para encaixar adequadamente, suas mãos tomam minha cintura, ajudando, deslizam pelo meu corpo, sinto coisas que o short impedia, dou um beijo molhado em seu lóbulo, e como reação ele me pressionou nossos quadris um contra o outro.

Foi quase imperceptível a maneira que ele abaixou a bermuda que vestia, percebi quando ficou mais palpável, menos roupas no caminho, procurávamos por pele, por contato, e quanto mais tínhamos, mais queríamos, o toque virou aperto, o aperto virou arranhões... Cada vez mais próximos, e ainda nós puxávamos para mais perto, quase como se um dia pudesse ser um.

Ele foi diferente da noite pornográfica que pensei que um dia seria, e se tornou algo muito mais delicioso, erótico, carinhoso, apaixonante. Não foi preciso palavras, nem instrução, tudo se encaixou com sincronia, movimentos lentos e robustos ao mesmo tempo, não foi a velocidade, foi a intensidade.

Começamos a ficar suados, os olhos acostumados a escuridão nos dava a chance de olhar no olhos, de aproveitar mais a vista do corpo, que agora eu já havia deixado as neuras pra lá. Eu controlava o movimento, mas suas mãos mandando na minha cintura quiseram brigar pelo poder também.

Eu não lembro muito bem como acabou, lembro de apertar os lábios para não emitir som, apesar de alguns sons escaparem, feche os olhos absorvendo aquela sensação, enquanto ele se contorcia debaixo de mim também. Deitei ao seu lado e acho que dormi.

Estou sonhando com a saída da escola, e bem na hora que começou a chover, e eu corro não querendo molhar minha mochila, mas não consigo entrar em casa e a chuva está tão gelada.

Tão gelada.

Aperto os olhos, tem algo muito gelado fazendo cócegas na minha boca, aperto um lábio um contra o outro, mas o gelado não sai, chega a queimar de tão congelante. Abro os olhos.

-Morning, baby. - Não, devo estar dormindo ainda, Chase não estaria deitado do meu lado passando gelo na minha boca pra me acordar, né?

Diz que não.

Chase dá um beijo rápido no meu lábio frio e molhado, dou-lhe um tapa no braço. Já acordei mal humorada.

-AI, Vinz. - Reclamou, derrubando o cubo de gelo na cama. - Olha o que você fez. - Disse pegando o cubo e levantando da cama de cueca.

Ai não, o que é isso? Intimidade pós sexo? Então percebo que minha situação é pior, estou vestida de lençol, que vergonha Mariah, que vergonha. Acho que dá tempo de levantar correndo e me trancar no banheiro, levanto hesitante, procurando minhas roupas ao mesmo tempo, escuto ele voltando, corro pra cama, pulando feito doida, me cubro feito ninja.

As quatro agendasWhere stories live. Discover now