Mariah - "deixa eu ir"

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E se fosse você no meu lugar e encontrasse o elevador vazio?

Mesmo sem tempo considerei todas as possibilidades, eu poderia correr pela sala escura e encontrar alguma saída alternativa e procurar ajuda, mas corro o risco de não achar nada, ou talvez ele tenha apertado o botão sem querer e está esperando eu mandar o elevador de novo, mas o tempo que eu teria de mandar.... Calma, ele tem que estar lá em cima, o elevador não desceria sozinho.

E só há duas chances, ou ele mandou sem querer, ou é uma maneira de dizer, fica tranquila estou fazendo outra coisa. Se foi isso Chase, você é um otário, não estou tranquila.

Dane-se, entro no elevador, aperto o botão e espero ele subir. O elevador sobe com dificuldade, meu coração bate muito forte, tanto que parece que vai fazer um buraco no meio do meu peito, se o coração parece que para, será que ele parou mesmo, será que meu ritmo cardíaco fica tão errado e por isso dói?

Porque meu coração parou assim que o elevador parou no meio do caminho.

Ah não!

Por isso ele apertou o botão, o elevador não chegou até ele, e eu, idiotamente ansiosa, entrei e já estou meio claustrofóbica. Tento respirar menos, e isso me faz respirar menos. Estou presa.

Tento acalmar minha mente, mas ela me faz pensar em como minhas pernas estão apertadas aqui, em minhas costas que começam a doer só por que pensei a respeito.

Droga!

Chase já deve ter corrido para algum lugar, é o que minha mente quer que eu acredite, talvez num mundo paralelo conseguimos ambos descer pelo elevador e se esconder na sala escura, por que nessa realidade eu morro sufocada num elevador qualquer e ele queimado na sala acima, talvez nem o encontrarão, será um pó misturado com os móveis, e eu, se é que encontrarão, será um cadáver em composição.

Fecho os olhos, que legal seria dormir e acordar sendo resgatada, mas não tem como dormir com o coração desse jeito, mal posso respirar.

O motorzinho do motor continua tentando subir, até que trava e cai.

Caiiiiiiiiiiii!!!!

Eu sempre odeio esses frios na barriga, foi tão rápido que nem deu tempo de reclamar, não doeu tanto, machucou minhas costas só. Saio do elevador e exploro a sala escura desesperada. Andando com a mão na parede, me guiando até encontrar alguma porta. A parede muda, parece ser uma porta, abro-a e sigo por um corredor tão escuro quanto a sala, minhas costas estão queimando mais que antes, mas não posso parar, isso pode custar a vida dele. A vida nunca superou meus pesadelos até agora, correr quase nua só com um blazer enquanto tento sair de um lugar em chamas.

Atravesso outra porta e encontro uma cozinha das paredes e armários brancos, bem iluminada e vazia. Uma cozinha?

Não tão vazia.

-Você sabe que eu costumo contratar pessoas para fazer esse tipo de serviço, mas parece que há outros tentando a mesma coisa, e mesmo assim não estão conseguindo. - Ele está com uma faca em mãos, aquelas grandes que não se encontra pra vender por aí, aquelas que só se vê em filmes de terror.

-Nathan, você não irá fazer isso né? - Minha voz sai rouca, acho que foi a fumaça, ou gritei muito.

-Depende a o que você se refere. - Ele sorri e seus olhos correm por meu corpo, ótimo, estou com a melhor vestimenta para um momento como esses. (Por favor, repare meu tom de ironia ao pensar isso)

-Se isso tudo é pra impedir que eu case com Jessie e possam dar um golpe, não sei, sei lá, não importa o que vocês querem, é só me deixar ir, eu sumo pra sempre... Você... Nathan, não precisa carregar outro assassinato. - Falo tudo muito rápido, espero que ele tenha compreendido alguma palavra.

As quatro agendasWhere stories live. Discover now