Se não fosse por você...

Capítulo 14

Gente, me desculpem a demora, é que meu celular caiu e estragou e fiquei sem jeito de postar. Provavelmente vou postar dois capítulos por semana agora que minha rotina voltou a ser a mesma correria de sempre, ainda não decidi quais serão os dias, mas assim que souber comunicarei a vocês. Beijos, espero que estejam gostando >< .

Ian narrando

Maldição! Era essa a palavra que definia minha vida nesse momento. Eu estava completamente fodido. Primeiro fui um grande idiota falando aquilo para Cherry, segundo sou um grande idiota por não conseguir tirar ela da cabeça, terceiro sou mais idiota ainda por querer agarra-la enquanto ela me confrontava.

Cherry não é como essas "mulheres" que mais parecem pré-adolescentes mimadas, por aí. Ela é decidida, confiante, desafiadora e não parece ter medo de viver, eu sei bem disso. É perceptível nos atos dela, e eu a admiro tanto por isso. E esse é o maldito problema, eu admiro tanto que não tenho nem palavras certas pra explicar. Mas eu não vou me deixar levar por uma mulher de novo, não vou abrir caminho para que me façam de idiota mais uma vez.

Cheguei em casa cuspindo raiva, não dela, de mim mesmo, por ser um grande babaca. Agora vou me esquivar dela de todas as formas possíveis e impossíveis.

Tomei um banho demorado lembrando de hoje mais cedo, quando eu estava apresentando a empresa para ela e quase a beijei, sem nem me importar com onde estávamos, mesmo sabendo que todos os olhares estavam em nós.

Cherry me deixava louco só de estar perto de mim, e isso me deixava puto porque logicamente eu não sabia o que fazer, e ela nem percebia, graças a Deus.

Terminei meu banho, vesti apenas uma cueca box e deitei. Não consegui dormir a merda da noite inteira.

Levantei no outro dia, fiz minhas higienes, tomei um banho, vesti meu habitual terno cinza chumbo,calcei meus sapatos e sai pra trabalhar, mas dessa vez, sem ânimo algum.

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-Ian preste atenção no que estou falando -meu pai exclamou irritado- Onde está sua cabeça hoje hein?

-Desculpa -me limitei a dizer-

-Ta tudo bem? -perguntou agora preocupado parando de andar e me encarando-

-Está tudo certo pai. Você estava falando do sr. Martinez -falei pra sair logo do interrogatório que estava por vir- Algo de errado?

-Não fuja de mim Ian, você é meu filho, te conheço.

-Ta pai. Eu não dormi bem a noite, só isso. Podemos tratar do problema do sr. Martinez agora? -perguntei começando a me irritar e meu pai bufou-

De tudo, a última coisa que eu queria lembrar era do motivo pelo qual eu não consegui dormir e meu pai com certeza não permitiria isso, mesmo inconsciente do que estava fazendo.

- Tudo bem, se não quer me contar, pelo menos converse com a psicologa quando ela vir -disse por fim e saiu me deixando puto-

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Cherry narrando

Acordei na sexta com os olhos vermelhos e caindo de sono, eu mal consegui dormir a noite devido aquela cena patética do Ian. Eu me enganei muito em pensar que ele era um cara legal como demonstrava, porque na verdade ele era um grande babaca bipolar. Sim, bipolar. Ontem de manhã ele queria me beijar no meio da empresa e de noite estava me ofendendo. Que diabos ele pensa que é? Melhor eu esquecer isso.

Levantei e segui os mesmos passos de sempre, depois de tomar café e escovar os dentes peguei minha bolsa a chave do carro e sai.

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Os dias se arrastaram, na segunda eu e minha secretária ficamos até mais tarde no trabalho ligando para os pacientes e desmarcando todos os horários da semana seguinte e os passando para outros psicólogos, na terça, na quarta e na quinta atendi todos os pacientes marcados com êxito, e hoje, sexta-feira estou esperando a chegada do primeiro paciente.

Me surpreendo quando vejo Pietro adentrar minha sala. Claro, como eu pude esquecer?

Ao fim de tudo que eu ouvi que até agora eu estava tentando digerir, passei meu número para Pietro afim de que ele me ligasse para marcarmos o próximo encontro já que agora eu trabalharia na empresa e não sobraria tempo para trabalhar para mim mesma, era um passo importante, se não desse certo lá, eu estaria perdida pois passei todos os meus pacientes para outros psicólogos.

E não, eu ainda não gosto de Pietro. Mas eu to abaixando a guarda, e to tentando ajudar, esse é meu papel aqui. Não sei se vamos conseguir ao menos conversar como duas pessoas adultas e que se conhecem, mas estamos tentando. E se não der, não deu, fazer o que.

O tempo passou lentamente e a cada segundo que eu ficava sozinha praguejava minha cabeça por sempre lembrar de Ian. Mesmo ele sendo o grande babaca que foi, eu não consigo tirar ele da cabeça, e eu nem sei porque todo esse interesse nele, afinal, eu nunca gostei do tipo mimado. Falando nele, eu contei para Laysla que trabalharia na mesma empresa que ele e Davi, minha amiga quase me deixou surda de tanto gritar que eu estava fazendo isso para ficar mais perto dele, o que, de fato, não tinha nada a ver, visto que eu já havia me animado com a ideia antes mesmo de ir na empresa.

A noite caiu e eu fui pra casa, cheguei indo direto pra cozinha, eu estava faminta.

Depois de comer subi as escadas indo pro meu quarto, escolhi um vestido preto com um detalhe de pedras no ombro, em torno da gola arrendondada, na barra das mangas e em volta do decote nas costas, peguei um salto meia pata também preto, logo em seguida coloquei minha paleta de maquiagem e outras coisas em cima da cama.

Tomei um banho, sequei o cabelo e fiz cachos nas pontas, vesti o vestido e fui fazer minha maquiagem, optei por passar delineador, rímel, sombra marrom esfumaçada e um batom vermelho, e por fim calcei os sapatos.

Sai de casa trancando a mesma logo depois de ligar para Lay e avisar que estava indo pega-lá.