Se não fosse por você...

Capitulo 24

Cherry narrando

Acordei irradiante. Acho que essa noite foi a melhor que tive desde que conheci Ian, dormi a noite toda o que de fato resultou em uma boa manhã.
Tomei meu banho, (roupa da segunda imagem) vesti minha roupa e desci as escadas afim de tomar um café, depois de uns minutos levantei-me, peguei minha bolsa as chaves do carro e sai.
Ontem eu e Ian ainda conversamos mais um pouco e depois ele foi embora me deixando com um sorriso bobo no rosto.
Cheguei na Henry's com três minutos de atraso devido ao refluxo do trânsito. Logo na entrada dei de cara com Henry que parou e sorriu me olhando.
– Vamos com calma Cherry -olhou o relógio e voltou seu olhar pra mim- São só alguns minutos atrasada, isso não mata ninguém.
– Oh, me desculpe. O trânsito está bem complicado.
– Eu sei, fique tranquila. Podemos conversar ?
– Claro -sorri- O que posso fazer por você ?
– Eu estive na sua sala outro dia e te pedi um favor -quando ele fechou a boca eu gelei- Eu não sei bem o que você fez mas obrigado.
– Como é ? -perguntei confusa-
– Ian chegou na empresa hoje super leve e descontraído, deu bom dia para todos que via e faltava sorrir para as paredes, então... -fez uma pausa e me olhou sorrindo simpático- Eu realmente não sei o que você falou pra ele, mas fico muito grato.
Dito isso Henry saiu ainda com o sorriso no rosto, fiquei ali por alguns bons segundos parada pensando sobre isso. A minha dúvida era: Será que é pelo mesmo motivo que eu ?
Enfim deixei de pensar e comecei a andar, entrei na empresa fazendo o mesmo caminho de sempre e dei bom dia para uns poucos que eu conhecia ali.
No elevador encontrei Davi.
– Bom dia Cherry -sorriu e me deu um abraço-
– Bom dia Davi, como está ?
– Bem e você ? Quase não nos vemos.
– Estou ótima -Davi me olhou estreitando os olhos e sorriu de lado voltando a olhar a porta do elevador- Pois é.
– Bom, eu tenho que ir -disse depois da porta se abrir- Depois passa aqui pra dar um oi pro Ian -sorriu malicioso e eu com certeza fiquei vermelha- Até mais Cher.. -e a porta fechou-
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Israel havia acabado de sair da minha sala, eu estava arrumando minhas coisas quando ouço baterem na porta, verifico a hora e sim, eu não estava ficando louca, era meu horário de almoço.
– Entra -disse audível para quem estivesse do outro lado-
– Licença -Ian entrou e sorriu-
– Oi -sorri- O que veio fazer aqui ?
– Vim te convidar pra almoçar comigo -fez cara de galã e eu cai na risada- Então, você aceita ?
– Claro, vamos -peguei minha bolsa e me levantei-
– Como está se sentindo ? -Ian perguntou andando do meu lado enquanto os olhares vinham novamente em nossa direção-
– Vigiada -ele riu- Estou bem, e você ?
– Estou ótimo.
– Onde vamos almoçar ? -perguntei mais baixo e ele retornou a rir-
– Porque está cochichando?
– Porque estamos na empresa, e a relação que temos aqui é de trabalho -o olhei séria-
– Claro -sorriu me olhando- Você logo vai saber onde vamos -me deu uma piscadela-
Ian me guiou até seu carro e dentro de umas meia hora estávamos nos sentando na mesa do restaurante.
Era tudo incrível, começando pela aparência externa, era tudo revestido a madeira com vasos brancos de modelos variados e plantas, por dentro o chão e o teto eram de madeira assim como lá fora e as paredes tinham um tom creme. As luminárias eram muito bonitas e haviam pequenos arranjos também brancos com violetas decorando o ambiente, assim como em algumas paredes haviam quadros decorativos e que deixava a aparência bem mais vistosa. Eu estava encantada e surpresa por nunca ter vindo aqui.
Ian puxou a cadeira pra mim como um eterno cavalheiro e eu sorri com a cena.
– Não precisa ficar puxando minha cadeira -eu disse depois do mesmo se sentar na minha frente-
– Devia dizer era obrigado -riu-
– Obrigada.
– Como está sendo o trabalho hoje ? -perguntou me olhando-
– Muito bom e o seu ?
– Corrido, mas tudo muito bem -disse sorrindo e pegou o cardápio começando a olhar- O que vai querer ?
– Não faço ideia -respondi agora olhando também o cardápio-
– Que tal um Tropical Kobe Beef ? -me olhou-
– Claro, pode ser -sorri-
Ian chamou um garçom e logo depois eu vi uma garçonete vindo em nossa direção e sorrindo descaradamente para o moreno. Ele finalmente tirou os olhos do cardápio e me olhou, depois guiou o olhar para onde o meu se encontrava, eu podia ver isso pela visão periférica que eu tinha dele.
– Boa tarde -a garçonete me deu uma breve olhada e se virou para Ian sorrindo- O que deseja ?
– Ela quer um Tropical Kobe Beef e eu quero um  Gnocchi -sorriu simpático-
– Claro, e o que vai beber ?

Ian me olhou bem na hora que revirei os olhos e bufei, o mesmo sorriu e estreitou os olhos pra mim.
– O que quer beber amor ? -perguntou ainda me encarando e deu sorriso maravilhoso-
– Pode ser um suco de laranja -sorri pra ele e depois olhei pra garçonete que agora me olhava com cara de nojo-
– E pra você ? -a mesma perguntou ainda se assanhando pra cima dele-
– O mesmo que minha mulher -sorriu e desviou o olhar dela-
A garçonete saiu calada depois de me lançar um olhar matador.
Não demorou muito nossos pratos chegaram. Comemos em meio a muita conversa e diversão.

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– Não Lay.
– Claro que sim, porque não me contou isso antes ?
– Eu ando muito ocupada, desculpa.
– Eu te perdoou mas só dessa vez. Se quando vocês começarem a namorar você não me contar eu te mato
– Lay, cala a boca.
Eu estava tentando convencer minha amiga a uns vinte minutos de que eu nem sei se daria certo, digo, eu e o Ian, enquanto ela insistia em dizer que iríamos namorar e tudo mais.
Depois de mais alguns minutos desliguei o telefone e respirei fundo. Eu podia não ter a certeza de que daria certo, mas eu queria, queria mais que qualquer coisa nesse momento, que desse certo.