Dia Quase Normal Um

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America e Genevieve foram para o quarto. A noite não foi nada fácil. Genevieve não falou uma palavra sequer. America achava que era apenas o estado de choque, pois não era todo dia que você encontra as pessoas que mais ama mortas.

A noite toda podia ser resumidas pelas duas tendo pesadelos, e acordando a cada momento. Os pesadelos sempre eram sobre uma floresta em tons de rosa e roxo. As vozes chamavam por elas, e as mesmas a seguiam, sempre parando em frente a um casarão - aparentava ser muito grande, robusto e muito luxuoso -, que era o que as protegiam de todo mal, das trevas.

- ALIANÇA! - As duas falaram juntas assim que acordaram de mais um pesadelo.

- G? - America olhou para a amiga que estava deitada no colchão no chão do seu lado.

- Meri? - O peito da garota subia e descia rapidamente. Genevieve respirava com dificuldade.

- G, está tudo bem? - America se levantou da cama e se agachou do lado da amiga.

- Eu... - Genevieve se apoiou nos cotovelos e levantou um pouco o tronco. Em seguida, olhou para a menina agachada ao seu lado. - Temos que ir para Aliança. Minha mãe disse que estaremos seguras lá. - Todos estavam à flor da pele. Tudo parecia uma história super louca de filme, que ninguém acreditaria.

- G, foi só um sonho. Também tive o sonho de que meu pai me chamava para algum lugar chamado Abrose, mas isso não é real. - A expressão de Genevieve ficou séria.

- Eu sei o que vi. E com certeza foi real. - Os olhos de Genevieve havia um brilho incomum. – Precisamos sair daqui.

- Não vamos sair daqui até realmente saber o que está acontecendo. – America estava determinada. – Não podemos abandonar nossa casa.

- Já não é mais nossa casa. – Retrucou.

- Eu não vou ficar assistindo tomarem ela de mim. Não podemos temer. – A menina colocou as mãos nos ombros da loira.

- Está bem. - Suspirou Genevieve derrotada. – Mas como vamos saber o que realmente está acontecendo? – Questionou.

- Investigando. - America levantou e se sentou na cama.

- Mas como vamos fazer isso? – America fechou os olhos e pensou em algo.

- Durma. Eu tenho um plano pré-definido. – Genevieve se deitou novamente.

- Não tem nada envolvendo com aqueles potes estranhos que estavam sobre a mesa. - Aquilo fez a menina rir.

- Nunca se sabe. – America deu de ombros.

- Espero que não. – Genevieve também sorria. Mas se sentiu culpada, por causa de estar sorrindo depois da morte de seus pais e parou.

- Boa noite, Meri. – A loira conseguiu dormir.

- Boa noite, G. - America perguntou a si mesma se conseguiria dormi também.

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...

Respirei forte, com os olhos fechados. Não pode ser verdade. Abri os olhos com cuidado e lá estava ele com os cabelos loiros em uma bagunça charmosa, os olhos castanhos claros gentios, a boca fina e rosada e a pele branca feito neve. Ele parecia um príncipe encantado. Me inclinei ficando nas pontas dos pés e dei um beijo estalado em sua bochecha rosada. Ele tinha um sorriso frouxo lindo, que me fez ficar vermelhinha igual pimentão de vergonha e nervosismo.

Voltei a olhá-lo, e vi que mordia o lábio com um olhar predador sobre mim. Ele passou os braços em volta da minha cintura e me puxou para si. Ele encostou os lábios em minha orelha. Meu corpo inteiro arrepiou com o seu toque.

- Posso encarar isso como um sim? - Sussurrou em meu ouvido.

Assenti lentamente e ele beijou minha bochecha, depois foi descendo os beijos até o meu pescoço. De repente, meu corpo ficou mole. Tudo começou a girar. Olhei para o rosto do garoto, que era um desconhecido, e vi a sua boca cheia de sangue. Coloquei a mão no pescoço e senti algo molhado e quentinho. Olhei para minha mão e vi sangue. Então, comecei a correr para longe do garoto mesmo sentindo-me meio tonta e o meu corpo mole. Meu coração estava a mil por hora. Eu olhava para trás e percebia que ele estava andando devagar como se não se preocupasse em me alcançar. Tropecei em algo e caí. Senti mãos em meus ombros e comecei a choramingar.

"OLÍVIA! Acorda, você está atrasada. Genevieve já deve ter passado."

"Mãe"
...

Olívia abriu os olhos e viu sua mãe pela aresta da porta. Ela adentrou ao quarto, deixando a porta aberta, indo em direção a janela abrindo as cortinas do quarto. A luz incomodou a visão, fazendo Olívia piscar algumas vezes. A menina se sentou na cama se espreguiçando.

- Você tem cinco minutos para se arrumar, antes que o seu pai saia para trabalhar. Ouviu mocinha? – Assentiu Olívia se levantando e correndo para o banheiro do quarto.

Olívia ouviu a porta se fechar. Ligou o chuveiro e soltou um suspiro de alívio pelo fato de ter sido apenas um sonho. Foi só um sonho. Não foi real, pensou aliviada. Quatro minutos e meio. Se ela quisesse chegar à escola a tempo teria que correr.

As Cinco Bruxas de AliançaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora