A Espada

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America apareceu na porta da sua casa. A menina estava preocupada com que estaria por vir. Entro na casa e foi direto para o quarto. A menina ansiava por um banho. A noite tinha sido muito agitada e longa. Um banho quente melhoraria tudo, pensou America. Abriu a porta do quarto devagar, não queria acordar ninguém, ligando a luz.

- America. – A garota tomou um susto, quando ouviu a voz da mulher, que estava parada no meio do quarto.

- Mãe! – A menina estava muito feliz de ver a mãe novamente. – O que faz aqui? – Indagou indo em direção aos braços da mulher.

- Eu trouxe um presente. – Sorriu e apontou para a cama.

America estava quase nos braços da mãe, quando se lembrou de uma coisa. A sua mãe era das trevas. Ela tinha provocado a explosão na casa dos Kurt. Junto com o pai da menina se passaram por Logan e Dara. Não podia confiar nela. De novo, não.

- Eu não quero nada de você. – Se afastou da mulher.

- America me escute. – Annabel deu um passo em direção a filha.

- Me desculpe, mãe. Mas não posso confiar em você. – As lágrimas vieram aos olhos das duas.

Annabel precisava falar com a filha. Ela sentia saudades das suas crianças.

- Olhe nos meus olhos. – Pediu a mãe da garota. – Viu? – A menina olhou. - Estão castanhos. – Olhos amarelos significava trevas, olhos comuns significava luz.

- Não acredito. – A menina queria acreditar, mas não podia dar o braço a torcer. – Você pode ter usado magia para fazer isso. – Assim como usou na casa dos Kurt, gostaria de ter dito.

- Então use a sua magia, descubra se estou falando mesmo a verdade. – O jeito como Annabel falou, fez a filha lembrar de quando gritava o nome dela no pé da escada.

- Per hoc veritas. Per hoc veritas. Per hoc veritas. – Uma aura verde se formou ao redor da mãe. A mulher não estava mentindo.

- Meri, sou eu. – Annabel estendeu os braços para abraçar a filha.

- Mãe. – A menina não demorou para abraçar a mãe com toda a força que tinha.

- Fale mais baixo. – A repreendeu. - A sua avó pode escutar.

– Senti tanto a sua falta, sargenta. - America começou a chorar. - Pensei que nunca mais te veria, ou que tinha perdido você para as trevas. – Annabel secou as lágrimas da menina.

- Eu ainda sou das trevas. – Sussurrou.

- O que? – A menina berrou.

- America Toslei. – A mãe olhou feio para a filha, que olhou para o chão sentindo vergonha. – Espero que Doveva esteja dormindo com tampões de ouvido. – As duas rezaram para que estivesse. - O seu pai e eu ainda estamos ligados a Lucian.

- Como assim? – Indagou.

- Quando fui transformada em bruxa, automaticamente me transformei em uma impura, um ser das trevas. Lucian, logo depois me ligou a ele, assim como fez com o seu pai. – Annabel esperava que a sua explicação fizesse sentido para a filha.

- Mas o papai morreu no acidente de carro, aquele era uma fratura dele. – Não era uma pergunta, mas o olhar de America denunciava que a menina estava perdida.

- A fratura do seu pai morreu há anos. Ela tinha tentado mata-lo, mas Otto a matou antes que conseguisse. – Explicou. - Aquele que você viu em Abrose é o seu pai mesmo. - Meu pai está VIVO, a menina estava quase surtando de tanta felicidade. Aquilo fazia o sorriso da mãe ir de orelha a orelha. Queria poder contar para Logan também, mas não tinha tempo para isso. Não agora.

As Cinco Bruxas de AliançaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora