As Cinco Bruxas de Aliança

Entre a Terra e o Edom

Esse era o momento esperando por Eudorick há anos. Enfrentar aquele que o traiu. Aquele que o fez assumir a culpa de um crime, que não cometeu. A guerra mal tinha começado para o gato, e principalmente, para as meninas.

America olhava para os pais fixamente, como se estive memorizando cada detalhe deles. Lutar contra os pais era algo doloroso. Algo que nenhum filho deveria fazer. Olívia deu um passo à frente. Suas mãos estavam com um brilho azul as contornando. Logo as de America brilhavam em verde. As de Genevieve em um tom de vermelho. Clarissa em cinza e Cassidy em roxo.

- Lindo. - Lucian batia palmas. - Agora vocês estão mais ridículas e fracassadas do que nunca. Nunca pensei que seria tão fácil assumir o trono de Aliança. - Ele tinha um sorriso sarcástico nos lábios. - Se me permitirem irei ensinar a vocês o que é magia de verdade. - O homem foi arremessado longe.

- Obrigada. Mas não precisamos disso. - Genevieve tinha um grande sorriso estampado no rosto. - Acho que você precisa aprender algumas coisas. Antes de mexer com o Círculo. - A loira recitavam conjuros rápidos em latim.

Iniciou as explosões de terra em volta deles. Jonathan e Annabel começaram a dar alguns passos para longe. O poder das cinco bruxas era invencível. Mas isso não fazia Lucian perder o sorriso confiante. Mesmo com essa força esplêndida, elas não haviam tido muito tempo para treinar.

O homem se levantou do chão e limpou o terno caro. Em uma de suas mãos havia uma espada, que era longa e brilhava em diversas cores. Não era como as espadas normais. Ela pulsava, como se tivesse vida própria. Aquela espada tinha alguma coisa a mais. Algo escuro. Mas isso era algo que não deixava as meninas amedrontadas.

America girou o pulso e seus olhos tomavam um tom verde esmeralda. Ela nunca imaginou ter que usar tantos conjuros assim de uma só fez. O tempo de pensar em algo foi o que Jonathan precisou para jogar a filha do outro lado do campo de batalha. A menina berrava. Eudorick correu para socorrer America. Os olhos de Genevieve tinham tomado um tom de vermelho sangue quase pretos de tanta raiva. Ela fez a espada de Lucian voar em direção ao peito de Jonathan, que foi rápido o suficiente para fugir e para ao lado do amigo, Lucian. Eles riram da garota. A loira cerrou os pulsos. Cassidy faz grandes blocos de terra levantarem do chão e se moverem em direção aos dois. Cass tinha olhos de cor roxa. O poder do círculo estava no seu ápice. Todos os olhos das meninas tinham um tom diferente. O tempo estava acabando, a Lua tinha encontrado o Sol e logo eles não estariam mais juntos.

Olívia tinha sido atingida por um vento forte e caiu no chão com tudo. Annabel apareceu na frente de Clarissa e empurrou a menina com extrema violência jamais vista. Clary caiu em cima de um monte de guerreiros de capas pretas. Annabel tinha um grande sorriso perverso no rosto, que dava medo. Olívia sentia certa dificuldade em respirar e Clarissa sentia ter quebrado alguns ossos da costela, mas mesmo assim as duas se levantaram do chão, sentindo bastante dor. America se teletransportou para o lado de Genevieve com Eudorick. Ela havia quebrado um braço e a clavícula.

A menina sorriu para a mãe. E jogou algo que parecia ser uma pequena adaga com diversos símbolos cravejados em direção da mulher, que berrou de dor quando a adaga acertou seu peito e caiu no chão. Ela se encolhe e geme, a dor era bastante intensa e cortante. A adaga brilhava em prata reluzente. Annabel se desfez no ar. Agora, só havia a adaga no chão. O gato a tinha pegado do chão com a boca, quando foi atrás de America. A adaga tirava as trevas de um ser por um determinado período. Era uma adaga de caçador. Geralmente, carregada por alguns bruxos para sua própria proteção em campos de guerra contra os seres do submundo.

- Porta inferi erunt aperti. Et forward, Edom. – America estendeu a mão para Genevieve. A loira sorriu e aceitou a mão da menina, repetindo o feitiço. - Porta inferi erunt aperti. Et forward, Edom. – Cass, Via e Clary se juntaram as meninas. - Porta inferi erunt aperti. Et forward, Edom. - Elas repetem o feitiço cada vez mais alto. - Porta inferi erunt aperti. Et forward, Edom. – A luz da lua com o sol criava um encantamento. Ouve-se um som alto parecido com o som de papel sendo rasgado, que de tão forte poderia ser ouvido a quilômetros de distância. Um buraco negro surgir no ar.

O buraco negro começa a puxar tudo com bastante força. As árvores se partem ao meio e a terra treme, Lucian começa a correr em direção ao círculo de bruxas, mas é falho. Soldados de vestias pretas são puxados para o Edom. Jonathan se desfaz no ar e aparece atrás de America com a mesma espada, que foi usada para atacá-lo, e a posiciona no pescoço da menina. Mas isso não a intimida. A menina repeti o feitiço diversas vezes, até sentir o sangue escorrer pelo pescoço.

Tudo acontece muito depressa. O pai da menina cai de joelhos no chão. Annabel segura o cabo da espada, que estava enterrada nas costas do marido. Um bloco de terra e jogado contra Lucian. Ele caiu dentro do buraco negro. A porta para o Edom é fechada. O mundo volta a funcionar. E todos os guerreiros de capas pretas somem. O céu se abre, mostrando um milhão de estrelas cintilantes e inclusive a lua – que se encontrava exuberante.

As cinco bruxas escorregaram para o chão. Abrir as portas do Edom as tinha esgotado. Nicolas corria até America. A menina conseguiu ouvir as batidas do coração dele antes de apagar.