"Wicked Games" 9. Capítulo

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Acordei primeiro. Debrucei me sobre a cama de maneira a conseguir pegar no telemóvel e ver as horas. «7:13... Demasiado cedo...» Olhei para Tate. Estava virado para a parede portanto não lhe conseguia ver a face e, pela respiração pesada, presumi que ainda estivesse a dormir. De um pulo levantei-me da cama e sai do quarto o mais silenciosamente possível para não o acordar. Caminhei pelo corredor que de manhã ganhava uma aparência de longe menos arrepiante. A luz do sol frio de Inverno entrava pela vidraça do final do corredor, oposto a direção por onde seguia, e ia refletindo os tons creme do papel de parede antigo.

(...)

Pela porta entre aberta do quarto dos meus pais apercebi-me que já tinham voltado do hospital. Provavelmente de madrugada quando já eu e Tate dormíamos. Não tinha grande vontade de os ir acordar carinhosamente como uma boa e amorosa filha faria. Assim como, honestamente, não me apetecia apressar o dia tendo em conta que era almoço de Natal ao qual não me importava rigorosamente de faltar, mas tendo em conta que isso nunca seria uma opção... Poderia atrasar o dia pelo menos um bocadinho, e ter tempo sozinho. Sem almoços, sem compromissos, sem necessidade de conviver com os meus familiares que com certeza (nas casas deles na outra ponta do Estado onde vivo), já estão atarefados a embrulhar presentes de última hora... Quem são esses familiares? Tios e primos do lado do meu pai. Aquele tipo de tios chatos que te perguntam pelo namorado e claro perguntam o porque de não mudares os teu estilo para algo mais "de acordo com a minha idade" ,ou seja, sapatilhas e ténis coloridos, cabelo perfeito, olhos maquilhados e um top que mal me tapa o peito ... Não sou eu de certeza...

(...)

Voltei ao meu quarto e depois de entrar verifiquei que o meu maninho mais velho ainda estava a dormir. Portanto caminhei silenciosamente até à casa de banho, à qual se consegue chegar através de uma porta branca ao lado da minha cama «um banho quente é exatamente o que eu preciso»

«TATE LANGDON»

(Acorda com o barulho vindo da casa de banho)

Uau maninha ... Excelente altura para pores música aos berros na casa de banho... Vou lá? Não é melhor não... Se ela está a tomar banho ainda acha que sou algum pervertido... Mas foda se este barulho é ridículo !

---------Levanta-se e dirige se a casa de banho-------

A porta estava entreaberta. Conseguia ouvi-la a cantar entre os dentes a musica que dava no rádio. Aproximei me um pouco mais da ranhura e foi ai que dei com ela a tomar banho ... Eu não fiz de propósito! O chuveiro é mesmo à frente da porta ... Era hipnótico. Ela tem um corpo maravilhoso. A água escorria-lhe pela pele e por baixo da espuma consegui reparar numa tatuagem na coxa. O cabelo dela, molhado, escuro, contrastava com o tom de pele branco cal. Era comprido, mais comprido do que seco ao natural... Ficava caído no fundo das costas... E a maneira como ela se tocava a ...

«NÃO! Foda se eu tenho de parar com isto. Tate tu tens de parar com isto! Ela é tua irmã. Tu não vais arruinar mais uma família. Não vais...» pensei.

-------- Afasta se e deita se de novo------

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Wicked GamesWhere stories live. Discover now