Capítulo 32

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Necessitava estar com Gregório, não só para aliviar as cargas pesadas sobre as minhas costas, mas atender os desejos da caótica meretriz que apossou em meu corpo e, o mais importante, comprovar ou refutar a minha teoria acerca de homens bonitos e suas performances. Eu realmente queria estar errada e abandonar totalmente a crença de que homens bonitos não valiam o esforço. Serviam apenas para serem apreciados com o olhar e que tamanho, em alguns casos, não significavam nada. Só um enfeite implantado sem grandes utilidades.

Gregório, segurando meus braços, tentava me fazer parar com os meus afetos um tanto absurdos. Ignorei seus apelos e tentativas. Fui mais adiante. Sob protestos, consegui levantar o suficiente a sua camisa para beijar o seu abdômen terrivelmente definido. Eu me assemelhava a um dependente em busca de sua droga favorita, nada poderia me deter. Já não era capaz de entender nenhuma palavra que ele dizia, estava obcecada demais com a ideia de tirar todas as suas roupas, levá-lo até a cama para concretização do meu estudo de caso e satisfazer a vadia safada que renasceu dentro de mim.

— Laura, escuta! — pediu sem muita paciência e apertou um pouco mais forte os meus braços.

— Quê? — resmunguei, encostando os meus lábios nos seus.

Gregório afastou a cabeça o suficiente para evitar o contato dos nossos lábios e, confuso com o que estava acontecendo, soltei meus braços de suas mãos e dei três passos para longe dele.

Eu teria entendido algo errado por está tomada pela impulsividade?

Ele não queria ir tão longe com seu tentar algo.

— Exagerei. — disse, dando um leve tapinha em minha bochecha. Mamãe tinha razão. Eu fazia coisas desconfortáveis sem perceber, pois criava um cenário irreal em minha mente. Mas... ele correspondeu aos meus carinhos minutos atrás. Aquele cenário não era irreal. Gregório Louise expressou seu desejo de ter uma noite de prazer comigo!

Não foi impulsividade minha. Ele provocou e deixou claro com todas as letras.

Ou não?

Aquela dúvida não iria adquirir espaço na minha cabeça. Voltei a me aproximar dele e confrontei.

— O que aconteceu?

— Preciso ser transparente com você. — disse ele, meio envergonhado.

Levei uma das mãos até a boca e deixei escapar um grunhido. Gregório, um homem bonito, era tudo que minha teoria dizia. Uma pena! Eu tinha esperança dele ser uma máquina, até me senti inferior por sofrer com falta de libido.

Por isso que a Rachel o traiu.

Mas ele beijava tão bem...

— Tem uma farmácia perto. — falei, tentando não parecer chocada. Era muito difícil ver uma pessoa jovem e bonita sofrer com disfunção erétil. — Eu espero e... estou acostumada. O meu último ex-namorado sofria também com isso.

Menti, só para deixá-lo confortável.

— Isso o quê? — questionou, confuso. Apontei para seu órgão genital e abri um sorrisinho encorajador. — O quê?! Não tenho nenhum problema com isso aqui! — disse, inconformado, ao apontar para o meio de suas pernas. — É uma outra coisa.

— Que coisa? — retruquei, sem acreditar muito em sua palavra. Homens têm dificuldades em aceitar os problemas com seu amiguinho. Mulheres não, anunciam aos quatros ventos sem neuras.

— O vídeo, Laura. — respondeu ele, sério. Todo espirito de vadia safada se evaporou. Por que ele insistia em ter a síndrome pai de todos comigo? O vídeo, que até então acreditava ter publicado nas redes em algum momento de alucinação, acabou com uma boa parte de minha vida. — Precisamos conversar sobre isso.

Descendo do SaltoWhere stories live. Discover now