O abrigo do mal.

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Fred

Fui correndo na direção de Priscila enquanto mirava as flechas para acertar o outro olho daquele touro mitologicamente idiota. Quando consegui finalmente, me concentrei em chegar perto e ver como a minha garota estava.
Quando cheguei perto dela, vi que estava desacordada, mas sem ferimentos aparentes.

–Amor, olha pra mim, você tá bem? Você se machucou?— segurei sua cabeça e olhei no fundo dos seus olhos recém abertos com um semblante preocupado.

–Eu tô bem, vem, vamos destruir aquela besta quadrada mágica. —
ela disse beijando meus lábios rapidamente e se levantando com dificuldade.

Percy estava furando o minotauro como um louco e Annabeth estava pendurada em seu pescoço, Annie passou sua faça pelo pescoço do animal e ele caiu. Percy arrancou seu chifre e tirou Annabeth de cima do minotauro.

–Nem precisaram da gente pelo visto, hein. — disse Priscila bebendo água da mochila enquanto a cor rosa claro voltava à suas bochechas.

–Você e Fred ajudaram bastante, acreditem. É bem mais fácil lutar com um minotauro cego e machucado.

–Percy, qual é a do chifre? — perguntei chegando perto do monstro caído no chão.

–Ah, nada demais, só aumentando a coleção.

–Ta bom né, cada maluco com sua maluquice.

–Como ela está? Eu sabia que ela não devia ter vindo, é muito perigoso, ela não sabe nada ainda.

–Nenhum de nós sabia na primeira vez, eu acho bem melhor que a dela seja com a gente, pelo menos a gente fica de olho nela. E eu sou o segundo curandeiro no comando do acampamento.—disse convencido enquanto Priscila bufava e sorria na minha direção.

–Ta certo, vamos.

Continuamos a andar e finalmente chegamos à ilha que Annabeth disse ter sentido Nico. Numa parte de areia onde uns meninos jogavam bola, tinha uma grande estátua de metal de um cavalo. Nos pés do cavalo, havia um alçapão fechado com uma corrente, nós nos aproximamos e eu e Percy golpeamos o cadeado com nossas espadas ao mesmo tempo. Os garotos que estavam em volta nos olharam.

–O que vocês estão fazendo com esses pés de cabra? Vocês não vão nos assaltar não, né?

Priscila se aproximou e deu seu sorriso educado se explicando a eles.

–Nós estamos apenas explorando, tudo bem? Não precisam se preocupar.

Eles se afastaram e voltaram a jogar bola. Entramos no alçapão e fomos descendo mais e mais, a medida que a luz do sol sumia do alto, eu ia me tornando mais assustado. Eu sempre tive medo do escuro, mas a muito tempo não sentia essa sensação ruim na pele. Era o meu medo, mas não apenas isso. Era o próprio medo. Fomos descendo e Percy e Priscila começaram a ficar esquisitos. Priscila segurou minha mão e quando olhei para ela, não conseguia vê-la.

–Amor, você está bem?

–Aqui tá muito apertado, não tô me sentindo legal. Percy, você tá sentindo que aqui tá muito apertado?

–Aham, tô até suando frio. Annie, o que houve? — Percy perguntou quando, do nada Annabeth deu um salto e gritou.

–Aranha. Ela estava subindo no meu pé. Percy, cadê você?

–Bem atrás de você, sabidinha, só continua descendo que tá tudo bem.

Cada um acendeu uma lanterna e continuamos descendo a rampa daquele buraco escuro e horrível.
Depois de um tempo chegamos em uma sala maior e mais iluminada. O chão tinha imagens do olimpo e o topo da sala era estrelado. Annabeth parou e começou a tremer.

E se? Where stories live. Discover now