Chego em casa

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Parei o barco no cais e fui chamar todos. Apenas Percy e os seguranças estavam acordados. Quando entrei no quarto eu vi a cena mais fofa do planeta. Alice e Josh estavam jogados na cama, com braços e pernas em cima de Fred, que roncava alto deitado de bruços. Eu cheguei perto dele e beijei sua cabeça. Acendi a luz e eles se remexeram.
—Vamos, pessoal. Acordem. Já chegamos.
—Ah, não, aqui tá tão bom. —Alice resmungou se espreguiçando.
—Espero que esteja confortável mesmo, nossa eu nunca dormi tão mal. Eles são piores que você. Sai, deixa eu levantar.
—Como vocês conseguem dormir tanto? Foram só 30 minutos até aqui.
—Cadê sua casa? Ela é enorme? —Josh perguntou coçando os olhos.
—Subam.
Eu subi a escada e Annabeth e Percy já estavam na proa. Perguntei a Annie como ela estava e ela abriu um sorriso. Fred subiu e as crianças estavam radiantes.
—Acabamos de atracar na ilha. Bem vindos à minha casa.
—Essa casa é sua? —Josh perguntou rindo.
—Sim, eu ganhei de aniversário da minha mãe essa ilha, junto com a casa.
—É claro que você ganhou. Vem Josh —Alice desceu do barco e nós a acompanhamos.
—Quando você planejava me contar sobre essa ilha que você tem?
—Meu plano era te trazer aqui na nossa lua de mel, mas agora parece que a surpresa acabou, você já sabe de tudo. Sim, Fred, eu sou rica. —Disse abraçando meu loiro e sentindo o cheiro dele.
—Você sabe que isso não muda em nada o que eu sinto por você, não sabe?
—Eu sei. Agora eu sei. Vamos entrar.
—Tudo bem.
Descemos do barco e eu mostrei a casa para eles. A casa tinha 5 suítes e cada um se acomodou. O meu quarto ficava no segundo andar e era enorme, sinceramente, não via necessidade para aquilo tudo, mas Fred pareceu gostar da hidromassagem no banheiro.
A governanta apareceu no batente da porta e bateu de leve.
—Sim, Flávia?
—Vim avisar que o almoço será servido em 30 minutos. O helicóptero de seus pais pousou agora. Com licença.
—Obrigada, Flávia. Estava com saudade.
—Eu também, senhorita.
Ela sorriu e saiu me deixando sozinha com Fred que tirava as roupas da bolsa.
—Flávia trabalha para meus pais desde que eu nasci. Ela cuidou muito de mim quando eu era criança.
—Crescer desse jeito, deve ter sido maravilhoso, e um pouco ruim também. Eu lembrei agora dos fotógrafos, era assim sempre?
—Sim. E é verdade, é uma vida muito boa, mas cansativa também. Você gostou da casa?
—Sim, ela é linda.
—Mamãe na época que escolheu essa ilha para me dar, me disse uma coisa que eu só entendi quando estava no barco. Ela disse que nada no mundo me aproximaria mais de mim mesma do que as águas dessa ilha. Na época eu ainda não sabia que era filha de Poseidon, mas esse foi um dos melhores presentes que eu já ganhei na vida. O segundo melhor.
—E qual foi o primeiro?
—Você.
Ele se aproximou e segurou minha cintura. Quando Fred olhou para cima eu me distraí com o calor que saia de seus olhos, eles brilhavam se derretendo em um mar azul e calmo.
—Eu adoro quando você fala essas coisas pra mim, você me deixa envergonhado, o que é raro. Eu te amo, Peixinha. Acho que mais tarde a gente pode experimentar essa hidromassagem, o que você acha?
—Acho uma ótima ideia, senhor Sunstone. Mas agora precisamos descer para comer.
—Primeiro banho, meu bem. Vem. —Ele me pegou no colo e me colocou em cima da bancada do banheiro. Eu não consegui tirar os olhos de Fred enquanto ele tirava a roupa. Seus ombros largos eram cheios das mais lindas sardas, o que me deixava tonta.
—Para de me encarar assim, temos que tomar um banho rápido.
—Tudo bem. —Eu tirei a blusa e o sutiã ao mesmo tempo, fazendo ele arfar, desci dá bancada e tirei o resto das minhas roupas.
—Banho rápido.
—Bom, pensando bem, eu tenho outra idéia em mente. —O loiro me encarou sorrindo.
Depois do banho, descemos e fomos até a varanda, onde o almoço estava sendo servido. Fred cumprimentou meu pai e recebeu o abraço da minha mãe.
—E então filha, como anda as coisas no acampamento?
—Tudo bem, mãe...Nada com que se preocupar. E aqui?
—Seu pai está quebrando a cabeça insistindo em comprar uma empresa de publicação. Disse a ele que não achava uma boa idéia.
—Na verdade, filha, é uma boa ideia sim, mas sua mãe está com medo porque nós nunca​ compramos nada assim.
—Não vamos falar de trabalho, não agora. Alice, Josh, como vocês estão no acampamento? Confortáveis?
—Sim, senhora. Obrigada por ter comprado aquelas coisas para o nosso quarto.
—Sem problemas, querido, eu pensei em Reformar o chalé, mas Priscila disse que Quiron não iria gostar.
—O Quiron não iria gostar mesmo porque ele é um chato.
—Então gente, eu vou fazer uma pequena festa para todos vocês. —Minha mãe soltou a frase do nada.
—Mãe!
—Me desculpe, eu não consegui me controlar... Agora os convites já foram enviados. Além do mais, todos precisam conhecer o meu genro. Já que eu nunca fui apresentada a nenhum namorado antes, não é mesmo, Priscila? —Fred engasgou e me olhou de lado com um olhar curioso.
—Argh, tudo bem. Se vai te deixar feliz. —Suspirei cansada enquanto comia.
—Então, por conta disso, amanhã todos nós vamos as compras.
—Isso é mesmo necessário, mãe?
—Para com isso, Priscila, é necessário a não ser que vocês tenham trazido roupas sociais.
—Tudo bem.
—OK, então estamos entendidos.Taylor, por favor, peça a Marcos para trazer o jatinho até aqui.
—Nós podemos ir no meu barco.
—Eu sei que sim, querida...Mas no jatinho nós podemos ir e voltar mais rápido, assim seus amigos aproveitam mais a ilha. Tem muitas coisas para se fazer aqui na ilha, creio que Priscila contou a vocês. —Minha mãe dizia enquanto meu pai conversava com Taylor, o segurança particular deles, que era praticamente da família.
—Ela não nos disse nada. —Percy falou enquanto brincava com as ervilhas em seu prato.
—Isso é bem a cara dela mesmo...Bom, quando eu comprei a ilha, algumas pessoas moravam aqui, como nós não viríamos sempre, achei melhor não mudar os habitantes de lugar. Eles viviam da terra por aqui, indo muito pouco para o centro, e não tinham dinheiro para se sustentar, então eu...
—Ela meio que abriu um resort.
—Eu não abri, ele já existia, eu só o reformei. Agora as pessoas que moram na ilha trabalham nele e podemos aproveitar quando viemos pra cá.
—E esse resort é aberto?
—A área do resort é aberta para os trabalhadores e para as pessoas que compram as entradas, mas depois de um certo espaço, tem um muro, que separa a casa de lá.
—Genial. Nós podemos ir? —Annabeth perguntou se animando com a ideia.
—Claro que sim, vou conversar com o administrador e dar a vocês todos passe livre.—Percy praticamente pulou na cadeira, e as crianças não tinham mais dentes para mostrar. Depois do almoço combinamos que íamos até o Resort ver tudo. Eu tinha saudade dessa ilha, querendo ou não, foi o melhor presente que eu já ganhei dos meus pais. Subi para o quarto de mãos dadas com Fred.
Quando passei pela porta ele tirou minha blusa, beijando devagar meu pescoço.
—O que nós vamos fazer? —Suspirei segurando seus cabelos
—Vamos testar aquela hidromassagem, neném... É isso que nós vamos fazer. —Ele me encarou e eu encarei seus olhos que queimavam devagar

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