Os irmãos brigam, os bolinhos são gostosos

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Depois de cumprimentos e gritos de "O queeee?" Vindos de Fred, sentamos no sofá com a caixa de muffins na mesa a nossa frente. Apolo comia suas balas em silêncio e Ártemis começou a nos explicar a história.
–Bom, parece que Apolo aqui, depois da última guerra contra Gaia, simplesmente perdeu as chaves da sala de troféus de Zeus. Onde ele guará coisas importantes e perigosas. Eu sinceramente não sei porque a chave estava na posse do meu irmãozinho energúmeno, mas o problema é que a chave sumiu. E Zeus não gostou muito de descobrir isso. Então Apolo foi enviado a esse mundo...
–Para sofrer. Não é isso que vocês falam por aqui? Porque se encaixa muito no meu perfil. — Apolo disse com a boca cheia de balas e cara de sofrimento.
–E eu vim atrás dele para garantir que ele não faça mais nenhuma besteira. Nós caímos aqui e Thalia me disse onde você morava, então encontramos você passando vergonha na rua vestida de mendiga.
–Ei ei, perai, como Thalia sabia meu endereço?
–Ela perguntou ao Quiron. Ela está no acampamento agora com as caçadoras me esperando, mas como eu estou aqui, preciso chegar até elas.
–E eu preciso fugir de Zeus e encontrar essas chaves. Tenho quase certeza que ficou dentro do carro. —Apolo esticou a mão e colocou um bolinho inteiro na boca.
–Mas você não tem mais o carro. Idiota. — Ártemis deu um tapa no cabelo loiro encaracolado dele, que se encolheu no sofá.
–Isso é apenas um detalhe.
–Perai pai, agora chegamos na parte em que você me conta o por quê de você estar desse jeito.
–Zeus gosta de fazer isso comigo quando eu faço alguma besteirinha, o que é bem raro.
–Isso nunca aconteceu comigo. — Ártemis disse cheia de si.
–Claro, você é a filha mais chata, só quer saber de correr por aí com suas garotas e caçar cervos. E além do mais, já é uma criança.
E então a discussão continuou, segurei a mão de Fred e fiz ele olhar para mim. Segurei um bolinho na frente dele.
–Foi por isso que você foi na rua?
–Não é isso... respeite o bolinho, ele é O bolinho. Você vive reclamando que eu coloco geleia de Blueberry em tudo, mas disso aqui você vai gostar.
Fred comeu um pedaço e sorriu.
–E então?
–É bom. Eu gostei.
–Verdade? — fiquei tão feliz que beijei sua boca e quase esqueci que eles estavam lá, coisa que Apolo nunca aceitaria.
–É pra gente olhar pro outro lado, sair do apartamento ou o que?
–Pai! Que isso.
–Não filho, está tudo bem. Pelo menos você tá feliz, achei que nunca mais ia ver esse brilho nos seus olhos. E você Priscila, eu não nego que você é bem maluquinha, mas pelo menos deixa ele com essa cara de bobão, isso que eu gosto de ver.
–Ah, Priscila, você foi mais uma que caiu na cilada do amor. Poderíamos ter conquistado impérios e dividido aventuras, mas...fazer o que?
–Seu negócio de caçadoras já está bastante defasado, irmãzinha. — disse Apolo encostando no sofá e colocando os pés na mesa de centro.
–Não fale assim das minhas Amazonas e eu sou a mais velha. — Ártemis rosnou e empurrou os pés do irmão.
–Não é o que parece, eu sou o mais velho.
Nós deixamos os dois ali e fomos para o quarto.
–O que você acha?
–Eu acho que mais uma vez meu pai fez merda e os heróis da pátria vão ter que consertar tudo.
–Bom, talvez não. Só precisamos levá-los até o acampamento, lá eles dois e Quiron podem conversar. Afinal, nós já estávamos indo, não é mesmo?
–Você ainda quer ir não é? Está tudo bem? –Fred perguntou passando os braços pela minha cintura.
–Eu estou com saudades de tudo lá. Mas queria mais tempo a sós com você. — disse me afastando dele e trancando a porta.
–Nós podemos dar um jeito nisso, agora...— Fred sussurrou se aproximando de mim e me puxando para ele.

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