Levantando uma pluma

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Will
—Amor, você tem certeza de que isso vai dar certo? —Perguntei segurando seu braço, eu estava tão nervoso.
—Eu espero que sim. Os deuses vão nos ajudar. —Nico terminava de encher a banheira com os sais, o néctar e a água doce do lado e salgada do mar. Ele disse que pensou nisso quando lembrou o que Elena havia dito que tinha feito Priscila melhorar rapidamente. Clarice entrou e encostou na parede, tentando esconder o nervosismo. Elena entrou na enfermaria e sentou ao lado de Priscila. Estava tudo pronto. Eu levantei e peguei ela em meus braços. Priscila tinha perdido muito peso enquanto ficava desacordada, então aquilo foi como levantar uma pluma. Eu a coloquei encostada na banheira e ajoelhei, fazendo com que os outros três também ajoelhassem. Falei uma palavra em grego antigo pedindo a benção dos deuses e nessa hora pude ver as pálpebras de Priscila tremendo e então, parou. Eu contei até três e nós quatro a empurramos para dentro d'água ao mesmo tempo. Seu corpo estava submerso e depois de alguns segundos eu já quis desistir daquela idéia. Era claro que aquilo não iria dar certo, Priscila morreria afogada muito rápido desacordada daquele jeito.
A não ser que não morresse.

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