6 dias

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Fred
De repente eu acordei e percebi que tinha acabado de falar com Priscila. Ela precisava da cura e eu não iria deixar nada acontecer a ela.
Beijei seu rosto e saí da enfermaria, indo em direção à Casa Grande. Quando entrei, Sofia estava sentada no sofá lendo um livro e Dioniso estava deitado em suas pernas com os olhos fechados. Eu olhei nela e pedi desculpas, ela fez sinal para eu entrar.
—E então, irmãozinho, o que você quer?— Na mesma hora Dioniso abriu os olhos e se sentou no sofá, o que quase me deu vontade de rir.
—Eu preciso conversar com Quiron, vocês sabem onde ele está?
—Campo de morangos. Suma.—Dioniso disse voltando a encostar em Sofia e fechando os olhos.
Eu saí correndo e realmente encontrei Quiron no campo.
—Quiron. Preciso falar com você. É urgente, sobre a missão.
—Que missão?
—Da sala de troféus de Zeus.
—O que foi? Diga tudo, devagar.
Eu contei a ele sobre o sonho que tive com Priscila, sobre o veneno e sobre o plano de Nix. Depois que eu terminei a história, ele se remexeu e pediu para eu o seguir. Fomos até o chalé de Poseidon e Quiron fez uma ligação de arco íris pedindo para se comunicar com Percy Jackson. A imagem na fonte se materializou e Percy estava num parque, o cenário era tranquilo, mas ele estava suado e parecia nervoso.
—Percy, o que foi?
—Fomos atacados. Agora não é uma boa hora.
—Escute Percy, volte para o acampamento. Volte agora. A missão foi cancelada. Precisamos conversar num conselho. Volte com todos.
—Tudo bem, entendi. Vou falar com todos aqui. Até o final da semana estamos aí, eu acho. Tenho que ir..
Já tinham se passado 5 dias e nada. Nenhuma mensagem, nenhum telefonema, nada. Percy continuava sem dar notícias e Priscila ficava pior a cada dia. Eu ia na enfermaria todos os dias, mas não fazia muita diferença. Ela estava em transe, literalmente parada. Eu só tinha conseguido falar com ela naquele dia. Agora, sempre que dormia tinha esperanças de encontrar minha pequena. Eu e Will ficamos todos esses dias tentando descobrir o que a tinha envenenado então, quando nenhum de nós descobriu nada, decidi falar com o chalé de Nix.
Eu fui até lá e bati na porta. Os filhos de outros deuses só podem entrar se forem convidados, isso diminuiu as brigas entre os chalés. Eu esperei e uma menina de cabelos roxos atendeu a porta.
—Ah, oi.
—Ola, você me conhece não é? Sou o Fred, filho de Apolo.
—Namorado da Priscila. Conheço ela. Como ela está?
—Na verdade nada bem. Será que você poderia me ajudar em uma coisa?
Ela tinha me companhado até a enfermaria e quando viu Priscila deitada na cama, ficou estática.
—O que aconteceu com ela?
—Eu esperava que você pudesse me dizer. Nós estávamos na água e então ela simplesmente apagou. Isso foi há seis dias.
A menina, Nicole, se aproximou da cama e colocou a mão na nuca de Priscila. Os olhos dela de repente ficaram brancos e o cabelo se mexia como se ela estivesse debaixo d'agua. Ela murmurou algumas palavras em grego e se soltou dela de repente.
—Foi um feitiço da minha mãe. Um não tão forte. Por que ela faria isso?
—Não sei te dizer. O que este feitiço faz?
—Ele tira os poderes da pessoa. Mas ele é muito, muito devagar. Há feitiços mais rápidos com o mesmo efeito. É quase como se ela não quisesse fazer. Eu não sei, me desculpe.
—E você sabe como fazer o antídoto?
—Se eu tiver as coisas necessárias, sim. Mas um dos ingredientes é um lírio de chi puro, flor rara que só cresce na ilha onde minha mãe vivia. Talvez ela até tenha alguns na loja dela de magia em Nova Orleans. Nós tínhamos elas em volta do chalé, mas depois da guerra, todas queimaram.
—Tudo bem, Nicole. Muito obrigada.
—Mas se você conseguir o lírio, venha que eu faço. Priscila me ajudou muito em algumas questões pessoais. Eu gosto dela. Vou ajudar vocês.

E se? Where stories live. Discover now