4 filhos de poseidon no céu

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—Gente, estão todos aqui? Annie, cadê o Percy com Alice e Josh?
—Eles foram comprar água, ele disse que queria ficar preparado.
—Como assim, Annabeth?
—Priscila, são 4 filhos de Poseidon viajando de avião, e eu que morro de medo de altura.
—É amor, até eu tô com medo de entrar nesse avião. —Fred disse se aproximando e me abraçando. —Fica tranquila, ainda faltam 30 minutos para a hora de ir para o portão de embarque. Eu vou procurar eles.
—Não, aí vc vai e eles voltam e alguém tem que ir atrás de você. Não mesmo, vai ficar aqui comigo.
—Sim, senhora —Fred brincou batendo continência para mim. Annabeth sentou e abriu a revista sobre arquitetura que ela tinha comprado na banca do aeroporto.
Eu peguei o celular no meu bolso e liguei ele. Mandei uma mensagem dizendo que estávamos no aeroporto e depois daria mais notícias. Desliguei o celular e quando olhei para frente, vi Percy e as crianças andando em nossa direção.
—Percy, o que você tem na cabeça?
—Alga —Ouvi Annabeth dizer sem levantar a cabeça dá revista, fazendo Alice e Josh caírem na gargalhada.
—Qual é, sabidinha? Pri, eu fui comprar água e aí eu me distraí e nós nos perdemos. Foi mal, mas esse aeroporto é muito grande.
—Ta bem, tá bem. Vocês três, sentem. Eu vou ali e já volto.
Fui na lojinha do aeroporto e comprei o perfume que minha mãe gosta e um pro meu pai. Vi um óculos de sol lindo e levei para Fred. Quando voltei nós fizemos todos os procedimentos e fomos até o avião.
—Para Josh, eu disse que ia ficar na janela.
—Mas agora eu quero ficar aqui.
—Não, Joshua.
—Para Alice.
—Parem os dois. Agora. Nenhum de vocês vão sentar na janela. Annie, Percy, saiam daí do meio que Alice e o Josh vão sentar no corredor. Cansei de vocês brigando toda hora. Acho melhor resolverem isso aqui antes de chegar no Rio, senão vocês vão brigar e esquecer de aproveitar a viagem.
Sentei ao lado de Fred e vi que ele parecia cansado.
—Amor, você quer alguma coisa?
—Não, eu tô bem, só, me acorda quando o sol raiar?
—Se eu conseguir, sim amor.
Ele segurou minha mão e fechou os olhos. Eu ri olhando o outro lado em que Percy tremia com cada barulho no avião e Annabeth fechava a janelinha desesperadamente.
—Vocês estão bem?
—Sim, tudo sob controle aqui. —Percy falou enquanto tamborilava os dedos na janela.
O voo foi tranquilo, pelo menos ao meu ver, já que eu dormi durante todo o tempo. Acordei com o aviso de que já íamos descer e Fred e as crianças também estavam dormindo.
—Annie? Tá acordada?
—Nós não conseguimos dormir. Já vamos pousar, graças aos Deuses.
—Tudo bem, vocês dormem quando chegarmos em casa.
—Amor? Fred, acorda... Já vamos pousar.—Sussurrei passando os dedos em seu rosto e cabelo devagar. Ele se mexeu na poltrona e sorriu.
—Perdemos o nascer do sol.
—Você é meu sol.
—Agora eu quero te abraçar, não pode falar essas coisas quando nós estamos amarrados e separados em uma cadeira.
—Verdade. Depois eu lembro que você me deve um abraço. —beijei sua mão e o avião deu um solavanco. Olhei imediatamente para Annie e Percy. As crianças me encaravam.
—Está tudo bem, isso foi o avião aterrissando. Já estamos no chão.
Annabeth soltou um suspiro de alívio, como se durante todo esse tempo, estivesse sem respirar. Depois de tudo isso, levantamos e saímos para pegar nossas malas.
—Gente, eu quero dizer uma coisa. Vocês sabem que meus pais tem dinheiro, né?
—Sim, você já tocou no assunto.
—Foi por isso que eu me agarrei em você. —Fred disse beijando minha bochecha.
—Idiota. Enfim, é que eu meio nunca entrei no assunto de como eles tem dinheiro, não gosto de me envolver nisso, eles tem uma empresa juntos, são donos da Akbah Holding.
—Holding? Nossa, isso é grande coisa, Priscila.
—Eu sei, eu sei. Desculpa não ter falado antes, mas eu tento me manter o mais longe possível dos assuntos da empresa. Mesmo que meu pai queira que eu assuma.
—Tudo bem. —Annie disse me fazendo continuar o assunto.
—Então não quero que se assustem com o jeito que nós vamos ser recebidos. Se os Deuses quiserem, não vai dar nada errado. Só, por favor, fiquem perto de mim. Crianças, não soltem a mão da Annabeth e do Percy. Bom, acho que é isso. Ah, sorriam.
—O que? —Fred perguntou confuso enquanto segurava minha mão, eu simplesmente saí pela porta automática e nós fomos, para minha surpresa, bombardeados. Câmeras e jornalistas me perguntando como eu estava e se eu tinha voltado para tomar a empresa de meus pais, eu sorri educadamente e disse que não iria responder perguntas. Os seguranças da Família estavam lá, e eu encontrei Raj, meu tio e segurança particular.
—Oi Priscila. Chegou bem na hora, vamos nos separar em dois carros ou você quer ir na limosine?
—Acho melhor não nos separamos agora, tudo bem?
—Claro. Que bom que está bem, quando você ficou no Hospital eu não pude ir junto com seus pais, fiquei muito preocupado. Não nos dê um susto assim outra vez.
—Tudo bem, Raj. Venham gente, entrem.
A limosine era grande mas eu não achava nem um pouco confortável. Todos estavam assustados mas se distraíram com o interior do carro. Fred me olhava com uma cara tão linda de desespero, eu sabia que deveria conversar sobre tudo isso com ele, mas não ali. Nós saímos do aeroporto e todos olhavam em volta admirando as ruas da cidade. Eu liguei meu celular e mandei uma mensagem para mamãe dizendo que já estávamos chegando. Fechei meus olhos e encostei no ombro de Fred, que fechou seus braços em minha volta. Dormi e acordei quando o carro parou e eu olhei em volta, por um momento desorientada. Achei o rosto de Fred e me acalmei.
—Nós chegamos... Você só pode estar brincando.
—Em qual casa nós estamos, Raj?
—Em qual...Em qual casa? —Percy me olhou boquiaberto.
—Na casa de Paraty, Priscila. Desculpe a demora da viagem, mas a casa de seus pais estava impossível por conta dos repórteres. Eles estão a caminho daqui. Vamos entrar o mais rápido possível.
—Que bom que estamos aqui e não na casa de Búzios, lá nós não íamos ter descanso.
Nós descemos e eu vi na marina o meu barco, meu Jolly Roger, que eu ganhei com 12 anos. Ele estava em perfeitas condições, Raj e os outros seguranças levaram nossas malas para dentro e os olhos de Percy brilhavam.
—E aí, maninho? Gostou do meu barco?
—38 nós. Eu preciso de um desses.
—Quem sabe? Vamos, vamos entrar, talvez eu deixe você navegar um pouco.
Percy entrou correndo como uma criança e as crianças o seguiram. Annabeth suspirou e entrou devagar. Eu percebia como ela estava cansada. Tomara que ela consiga dormir no barco. Fred segurou minha cintura por trás e sussurrou no meu ouvido.
—Você me deve algumas...várias explicações, mocinha. Por que nunca me disse nada disso antes?
—Porque você nunca perguntou...Me desculpe Fred, é que durante toda minha vida eu fui Priscila, filha da Akbah Holdings, herdeira da companhia. Quando eu fui para Nova York para estudar, não disse a ninguém quem eu era, e aí com o tempo, eu fui simplesmente esquecendo. Mas você merece saber. E eu vou contar tudo. Agora vamos, porque você sabe como eu fico sexy com as mãos em um mastro.

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