Castigo

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Quando chegamos ao acampamento, eu já estava com os ombros doloridos de carregar Percy pela colina. Deixei ele e as crianças na enfermaria com uma multidão de pessoas que vieram ver Percy que tinha sido resgatado do cativeiro. Eles tomaram Néctar e ambrosia e eu disse a Quiron que as crianças eram filhos de Poseidon, ele ficou assustado mas não disse coisa alguma. Eu aproveitei e pedi a Will algo que me ajudasse em minha dor no corpo. Por fim, Will e Fred me prenderam na enfermaria e tomaram conta de todos nós durante o dia. Eles ficaram três dias em repouso completo enquanto se recuperavam e Annabeth dormia na cama com Percy. Eu abri mão de alguns dólares do meu cartão de crédito para a compra de alguns móveis para o chalé de Poseidon. Depois de conversar com Annabeth eu decidi financiar a reforma do chalé durante as férias, deixando-os com quartos separados. Minha família tinha dinheiro suficiente e eu achei que seria justo um chalé com tão poucos membros ter o direito da privacidade. Poseidon apareceu e disse que depois de tudo aquilo Zeus tinha detido Ares, seus cúmplices e seus filhos durante tempo indeterminado no Olimpo e que ele não tinha declarado seus filhos mais novos para que eles pudessem ter uma vida normal por um tempo. Mal sabe ele que meios sangues nunca tem uma vida normal.

Eu estava sentada no deck enquanto via as naiades dançando na água e rindo. Fred sentou ao meu lado e eu segurei sua mão.

-Oi ensolarado, vem sempre aqui?

-Só quando eu quero ver você, ou sentir seu cheiro.- ele disse beijando minha mão.

-Ei, calma aí caubói. Eu não te dei passe livre ainda. Minha mão está fora dos limites.

-O que eu posso fazer então?

-Você pode me dar um beijo por dia e já está demais. Você ainda está em condicional.

-Então quer dizer que...

-Isso mesmo, sexo nem tão cedo.

-Não era isso que eu ia falar. Ia falar "então quer dizer que eu posso te beijar?"

-Só uma vez. E ninguém pode ver, você ainda está de castigo.

Ele se aproximou e cheirou meu pescoço, me deixando arrepiada. Ele passeou com sua boca ali e suspirou.

-Você não pode ser de verdade.
Ele beijou meu pescoço e me puxou para seu colo. Eu sentei em cima dele e passei minhas mãos em seus cabelos. Eu era uma idiota por me deixar levar daquele jeito, mas que cabelos maravilhosos. Eu beijei sua boca e nós nos separamos a procura de ar. Ele me puxou mais uma vez mas eu o parei.

-O que houve?

-Um beijo por dia.

-Ah não, e os outros dias não contam?

-Não mesmo. -Eu me aproximei de sua boca devagar e ele apertou minha cintura de encontro ao seu corpo. Ele estava pronto pra mim, mas eu ainda não estava pronta para deixar ele me ter. Ele iria sofrer um pouco ainda. Me aproximei mais e segurei seus ombros me ajeitando em seu colo. Ele gemeu e eu sorri em seu pescoço. Beijei e mordi seu ombro cheio de sardas até ele gemer e suspirar meu nome.

-Isso é bom, Sunstone?

-Muito bom. Só mais um beijo.

-Não. Agora me fala alguma coisa.

-Eu te amo.

Beijei seu ombro e me mexi em seu colo mais uma vez fazendo ele arfar. Ele passou as mãos em meus cabelos e beijou o meio dos meus seios. Eu olhei em seus olhos e senti o amor dele por mim derretendo em todos os lugares de seus olhos sinceros. Eu o tinha perdoado depois de saber a história toda, e agora todos sabiam e voltaram a falar com ele, mas eu não ia perder a oportunidade de fazer ele sofrer um pouquinho.

-Você me fez gozar de roupa, Priscila. Não acredito nisso.

-Desculpa, ensolarado. Acho melhor você ir agora. Estou ouvindo daqui as vozes das crianças.

-Alice e Josh? Nossa. Eu vou nessa. Volto mais tarde?

-Se você quiser. Se não tiver ninguém mais interessante pra ficar com você.
Ele fechou a cara e sussurrou um não antes de beijar meu nariz e ir embora correndo.

E se? Where stories live. Discover now