Droga, Sunstone!

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Sentei no refeitório e minha comida apareceu na minha frente. Um cheeseburguer enorme e batata frita. Abri um sorriso e quando fui dar a primeira mordida, fui interrompida por Fred que sentou ao meu lado.
—E aí, amor? Humm batata.—Ele disse pegando uma batata do meu prato.
—Ah, então quer dizer que além de eu ter que dividir minha comida com os deuses, ainda tenho que dividir com você?—Disse me levantando e colocando umas batatas na grande fornalha. Voltei a mesa e ele comia a comida dele.
—Ei, eu encontrei sua irmã hoje. Sofia, mãe da Elena. Quando ela disse que eu namorava você sabe o que Sofia disse?
—Ao aco or ia.—Fred virou falando comigo com a boca abarrotada de comida.
—Ei ensolarado, ou você fala ou você come.
Ele engoliu tudo de uma vez fazendo um barulho engraçado com a garganta e me respondeu.
—Não faço a menor ideia, amor. O que ela disse?
—"Ah, então conseguiram domar aquele garoto." Aí eu me pergunto... você ficou com muitas garotas aqui, Sr. Sunstone?
Fred me encarou e engoliu em seco, antes que ele pudesse me responder, Apolo adolescente sentou ao lado dele.
—Não responda essa pergunta, filho. É uma cilada.
—Apolo! Eu não perguntei nada demais. Fred, você pode me falar, sabe disso não é?
—Bom...na verdade...sim. Eu fiquei com algumas meninas sim.
—Algumas?—Apolo disse descrente enquanto ria e olhava em volta do refeitório—Só olhando aqui por alto já achei umas seis.
—Uou...parece que você tem andado ocupado.
Eu terminei de comer meu sanduíche e levantei saindo do refeitório e indo em direção da arena. Não tinha ninguém lá e eu tranquei a porta e armei Harpe e senti o peso dela na minha mão, me acalmando. Eu não estava chateada com Fred, afinal, fui eu que fiz a pergunta. Só fiquei em choque e então eu fiz o que eu sempre fiz na vida. Fugi. Depois de uns minutos eu ouvi a porta sendo forçada e depois Fred bateu devagar. Eu ainda não queria olhar para ele então continuei treinando nos bonecos de palha que estavam num canto da arena. Se eu ficasse em silencio conseguía ouvi-lo respirando.
—Deixa eu entrar. Eu quero explicar, não foi do jeito que meu pai disse. A boca dele é tão grande que ele nem controla mais o que fala.
—Você está respirando muito alto.
Ele ficou em silêncio e eu cansei dos golpes. Destravei a porta e sentei no chão. Ele abriu e quando me viu no chão sentou ao meu lado.
—Eu não estou brava com você. Nem chateada. Eu tô bem. — disse coçando os olhos e controlando a respiração.
—Eu sei.
—Bom, você disse que queria explicar, o que?
—Eu fiquei realmente com muitas garotas do acampamento, mas nunca cheguei muito longe com qualquer uma delas.
—Por que não? —Olhei em seus olhos e eles brilhavam queimando com a força de mil sóis. Não conseguia parar de olhar.
—Elas não eram você. Eu sempre senti que faltava alguma coisa. Eu não sinto mais isso.—ele disse me levantando do chão e passando o polegar na minha mandíbula que estava trincada.
—Que merda, Sunstone...Você sabe ser bem sedutor quando quer.
—E eu quero muito.—Ele disse se aproximando e beijando meu pescoço, que eu deixei cair para trás. Minhas mãos percorriam seu cabelo e eu finalmente relaxei em seus braços.

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