Doce Existir

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Leve o seu dia como as cifras de uma nota qualquer

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Leve o seu dia como as cifras de uma nota qualquer. Só não se esqueça de fazê-la soar como gostaria de ouvi-la. Ao sincronizá-la em vários acordes de uma doce e graciosa canção!


Palavras vêm e vão e simplesmente preciso dizê-las para não ficarem estagnadas dentro do meu ser, dentro dos limites brandos do que já não suporta vir a ser omitido. Por isso, vivo. Vivo dizendo o que penso e o que sinto, pois de fato viver é isso. É ter voz, mesmo que seja por meio das palavras que se elevam de modo irregular dentro de si próprio, em uma folha de papel, ou que seja, nos rascunhos da mente.

Isto acontece às vezes. Vai dizer que nunca aconteceu com você? Vai dizer que, em uma noite de céu estrelado não ficou ou pegou-se observando as estrelas, mesmo sem entendê-las? Até porque não é necessário compreendê-las para admirá-las, sua composição é o que menos importa. Perante as circunstâncias, olhar para elas, é situar-se em sua própria colocação no mundo... no universo infinito. Logo, se sentir pequeno não é se sentir impotente, é sentir-se em um vão em que todos estão. É perceber que mesmo que haja problemas em sua existência várias outras pessoas também perpetuam disso. E, não, não é para sentir pena, nem de ninguém, de menos de si mesmo. É para sentir-se capaz de relevar coisas ruins, pois elas passam, sempre passam, não importa o tempo que durem. Elas um dia simplesmente vão embora, assim como chegou, de repente e sem aviso prévio, sem colocações de horas ou do dia da semana.

Além disso, em um universo nem um pouco unidimensional, o nosso tudo pode ser o nada de alguém e o nosso nada pode ser tudo o que alguém gostaria de ter. O sorriso que acende em seu rosto, talvez seja o aconchego que falta no existir de uma alma vivente por aí, que ainda não aprendeu a sorrir mediante a montanha russa que sobe e desce e por momento, decidiu se manter na base mais comodada. O abraço que você se sente capaz de partilhar, talvez seja o que falta nos dias sem cor de alguém, pois simplesmente esqueceu o quão é bom sorrir de um modo mais terno, um abraço de vinte segundos que por si só já libera à substância da alegria, da felicidade. Abraçar é sentir-se vivo. É senti-se presente. É sentir-se em seu melhor estado, infinito em sua limitação. Por isso, faça o que de fato tem porte e capacidade de lhe fazer sorrir, mesmo que seja uma coisa boba, coisas simples são em sua plenitude um céu aberto de possibilidades.

Sorrir, cantar no meio da rua ou debaixo do chuveiro, mesmo desafinado e sem um ritmo legal. E, não sabe a letra de cor? Pfff, faça você mesmo sua trilha sonora, seja cantor de sua própria história. Abrace mais, mesmo que seja de saudade ou por estar presente ao compartilhar de um momento com alguém que muito gosta. Diga o que sente, triste, feliz, animado, contente, exausto, sentimentos da alma e do ser físico... não importa. Faça das palavras suas melhores amigas, não armas dolosas, ou correntes grossas que lhe prendem dentro do seu próprio cubículo. Enfim, seja mais você, seja mais o que você quer ser, seja mais o que quer deixar em seu currículo existencial, seja mais feliz, insira mais açúcar ou, de fato, seja o doce existir na vida de alguém ou em sua própria, não importa.

A frase seria: O que não se encontra perdido... é e sempre se manterá como uma opção oportuna. Tudo dependerá da importância que você elevará ao que prevalece em questão.

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05/03

Currículo Existencial.Where stories live. Discover now