Frases, momentos, dias cinzas ou coloridos, contos, poesias e o que mais der para ser. Virá a transparecer sentido ou a falta dele, que seja em metáforas que fazem sintonia com a ironia ou em pontos finais que não dão chances para reticências. E, be...
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Tudo por aqui é um barulho surdo, desde o momento em que ela chegou e falou aquilo, como quem dizia que havia adormecido e não, que havia sido violentada.
Um baque de uma só vez, para alastrar no ser o veneno do medo e receio da própria espécie.
Pois, pela primeira vez, senti medo. Como nunca havia sentido antes ou pelo menos com uma profundidade muito maior e pior.
O medo do risco de perder alguém.
E também, o medo do ser humano.
O que são os medos da infância, os existenciais e o da morte em comparação com esse medo?
Se eu fiquei assustada, como ela estava?
Como teve forças para gritar e se levantar?
E, depois, entrar em um lugar e relatar tudo o que lhe fizeram?
Para contar cada detalhe sem chorar?
- As lágrimas vieram mais tarde e sem plateia e isso só me quebrou por dentro.
Mas os cacos com os quais estou preocupada são os dela. -
Quem é o escuro ao apagar a luz do quarto ou os "monstros" dentro do armário, em comparação com o medo em relação ao ser humano?
O que são as lágrimas de dor física, em relação às que são derramadas perante um machucado da alma?
Quando a vida ou a graça dela é depreciada por uma causa natural, não deixa de ser menos trágico, cruel e triste, mas é mais fácil de compreender, passar e superar; mas, quando é por meio de mãos humanas não tem como não. Se. Sentir. Ferida. Também.
O amor é aquele sentimento difícil de descrever em palavras, se não o sentir para crer em sua forma, força e intensidade e assim o enxergar do lado de fora e o sentir por dentro. Mas, não tem como o explicar completamente. É como sentir o vento e não conseguir definir ele em palavras. Imperceptível aos olhos, mas por senti-lo, sentido na pele.
A maldade, crueldade e toda falta de humanidade, também, não tem como ser explicada... Sabe, descrita é, mas não tem como crer que alguém é capaz de cometê-la contra o seu semelhante ou com qualquer ser... como é possível isso? Como alguém é capaz disso?
É difícil crer, sentir e mais ainda perceber que existe em todos os lugares e pode, quando menos esperamos, atingir quem mais amamos.
Talvez, tinha ou carregava comigo uma visão romantizada, e isso para alguém nada romântica, sobre a bondade e o que há de bom nas pessoas e preferia assim, por mais que a maldade exista e aconteça todo dia. Preferia que ela não tingisse e atingisse meu coração.