Frases, momentos, dias cinzas ou coloridos, contos, poesias e o que mais der para ser. Virá a transparecer sentido ou a falta dele, que seja em metáforas que fazem sintonia com a ironia ou em pontos finais que não dão chances para reticências. E, be...
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Vem, me dê a mão!
Vamos sair, pegue o casaco e as chaves! – o casaco não é o mais necessário; fique ciente disso, em seu lugar pode trazer você por inteiro para ver o que tenho para mostrar.
Não traga problemas, nem queixas.
Às deixe na gaveta do quarto, que, é para ter mais espaço.
Tranque as portas e abra às janelas – que é para arejar tudo enquanto estivermos fora.
Vem! Não fique aí parado!
Não seja tão chato!
Não há graça, em se fechar e tingir tudo de cores pragmáticas e sem vida, não pense que é só isso.
Tem um céu imenso lá fora, com nuvens brancas como algodão e um sol lindo que está tingindo tudo de cores quentes e afáveis ao coração.
A gente vai ajeitar essa bagunça toda quando voltar,
Vamos colocar tudo no lugar que deve ficar.
Sem medo de jogar o desnecessário e o estragado fora.
Pare de justificativas toscas para fugir disso.
Para encarar o lado de fora.
Para encarar a si mesmo.
A gente precisa ter atitude, pegar na mão do nosso próprio eu e levá-lo para fora.
Para dar uma volta.
Para ver o sol nascer;
Para ver as flores desabrocharem;
Para sentir o vento;
Para degustar algo;
Para descobrir um bem novo;
Para ver as coisas acontecerem;
Para sentir a vida que emana em nossas veias em ação e efeito.
Para correr;
Para rir;
Para sentir tudo e mais um pouco;
Para sair da rotina;
Para sair de si;
Para estar consigo;
Para sair daqui e achar outro lugar tão legal quanto, ou, ainda melhor;
Mas também, para voltar depois, se quiser e estiver tudo bem.
Veja! Todos esses lugares, essas pessoas e o céu que está sobre nós, os minutos não voltam...
Sinta o ar que entra em seus pulmões e faz do estar aqui possível.
Sinta o frio, o calor, sinta você presente aqui.
Poxa, eu mesmo! Não seja míope.
É tudo tão bonito e colorido, que tal pegar um pouco e contagiar-se disso?
Não quero olhar o passado e reclamar dessa minha versão, que, não soube apreciar tudo que tinha, reclamando que nada possuía.
E já bastava ter vida e as outras coisas vinham.
Vem! Não podemos às deixar passar.
Vamos correr!
Podemos ultrapassar a linha do equador e chegar do outro lado.
Ou, senão, podemos ultrapassar nossa própria linha imaginária, que, tanto complica e limita tudo.
Além disso, se elas não virem, podemos conquistá-las nos sorrisos e tentativas.
Qual seria a graça de tudo vir facilmente?
Logo, cansaríamos delas, por mais que a desejássemos.
O desafio move a mente.
Move tudo que há na gente.
Como a gravidade regula os objetos em repouso.
Os desafios nos mantêm vivos.
Sabe...
Conheço-lhe muito bem, sei quais são seus pensamentos e confusões.
Medos e alegrias.
Sei também, que, muitas vezes não sei as respostas e pioro com muitas outras perguntas.
Mas, ouça!
Não precisamos ter todas as respostas, as perguntas que movem o mundo.
Sempre haverá um ponto de interrogação, não importa em qual lugar esteja ou quem seja.
Enquanto você existir haverá perguntas e se elas estivem presentes, tenha certeza: você existe!
E, deve viver o máximo que puder para respondê-las, para as respostas virem até você ou, o contrário, não importa – não em tempo ou idade, mas na intensidade de sentir-se vivo.
Agora, se elas sumirem, você pode começar a se preocupar.
E agora?
Para onde quer ir?
Para que lugar quer se levar?
O que quer sentir?
O que quer ultrapassar?
Querer não é poder, mas já faz tudo acontecer.
Como quer viver?
Que cores quer ter?
Que perguntas quer ser?
Você é a resposta, o laboratório perfeito para tudo isso, só não se oprima disso.