"Todos nós nascemos originais e morremos cópias."
Somos verdades consumidas por mentiras e teorias.
Somos essências dissolvidas em fragrâncias já existentes,
Somente para dar coerência aos padrões que há.
Ensinados a seguir o antagonismo de ser, pensar ou fazer a diferença.
Pois, no vocabulário da sociedade, os rótulos são mais práticos e
representam
menos
ameaças.
Somos imagens refletidas em expectativas e não mais em sonhos reais e únicos.
Somos o que o tempo e a monotonia, conseguiram destruir;
Com o auxílio do desânimo e da insanidade "pitoresca" do capitalismo.
E, logo, somos produtos;
mercadorias rotuladas com currículos requisitados,
donos de uma alma vazia.
Somos nosso próprio desespero,
o nosso grito estendido no vácuo de nós mesmos.
Somos os sentimentos que deixamos morrer...
Somos o que esquecemos de viver;
Somos o que deixamos de ser;
Somos o que o medo não deixa acontecer;
Somos o que todos querem ver.
Somos aqueles, que, fazem parte da geração evoluída,
Civilizada na desigualdade e racional na marginalidade, assim como equilibrada na ausência de empatia.
Orientada por comandos digitais e pela ganância dos ignorantes.
Somos produtos do século XXI.
Somos estrelas ofuscadas pelo brilho que damos a "grandes" astros.
Mas, o que somos?
Somos mais um no sistema.
No ciclo vicioso do relógio.
Na correria diária.
Na lista de nomes e números de chegadas.
Na ausência de palavras.
Na falta de quem fomos.
E... podia terminar aqui.
Como poderíamos continuar sendo manipulados na sintonia de nossas amarras.
Quer continuar como está ou mudar?
Porque somos...
E podemos ser o que consente ou o que sente.
E mudar nossa mente ou filtrar o que entra nela e elevar o que projeta por dentro.
Sendo uma estrela que se permite soltar
Em um processo de super nova.
Podendo escolher entre ser consumidos por buracos negros,
ou ser luz no aglomerado de nos mesmos
Afinal, que trajetória você quer formar ou se lembrar?
De você para você.
E não, ao que querem ver.
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13/03/18
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Currículo Existencial.
PoetryFrases, momentos, dias cinzas ou coloridos, contos, poesias e o que mais der para ser. Virá a transparecer sentido ou a falta dele, que seja em metáforas que fazem sintonia com a ironia ou em pontos finais que não dão chances para reticências. E, be...