Frases, momentos, dias cinzas ou coloridos, contos, poesias e o que mais der para ser. Virá a transparecer sentido ou a falta dele, que seja em metáforas que fazem sintonia com a ironia ou em pontos finais que não dão chances para reticências. E, be...
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Você diz não, mas a resposta é sim.
Ela sabe que é sim, mas digo não.
Posso ver através dos seus olhos (calmos, mas aflitos), sua mente pensando em uma resposta engenhosa e brilhante.
Mas, dessa vez, não vai funcionar. Pois, a verdade veio à tona e a máscara caiu.
Seu castelo de cartas já era.
Durou e pendurou por um tempo, mas a base não era forte e nem consistente o suficiente.
Acho que uma delas ficou torta, mal posicionada ou era falsa... ops.
É isso que acontece, seja na vida, seja na ficção, o que é encoberto em um momento emerge. Não tem como correr. Não tem onde se esconder. Enfrentar de frente o próprio redoinho?!
O vento demorou, mas chegou e derrubou tudo. Não sobrou nada. Nada!
As cartas estão jogadas e espalhadas por todos os lados e voam para todas as direções.
O que vai usar para sua defesa?
Para se defender... o que vai dizer?
Como vai justificar essa e todas as outras mentiras?
Era apenas uma diversão ou havia um motivo concreto para isso?
Por que eu? Por que ela? Por quê?
Era um jogo para você e esqueceu que se tratava de uma vida e havia outras envolvidas?
Talvez seja o mal de imaginar e desejar, tudo parece longe o bastante para ser de verdade. Uma vertigem de despersonalização.
Insisto na pergunta, mas a resposta não surge. Mesmo estando e ficando entre nós, (ela não quer dizer isso a outros e nem vai, só quer entender. Juro, também quero saber).
A verdade parece assustar mais quem vai falar do que para quem vai escutar.
Seria ofensivo demais admitir que mentiu?
Ou melhor, que enganou?
Que forjou ser alguém que nunca foi?
Que fuzilou uma imagem de si a qual havia criado na mente de outros seres (e, talvez, na sua própria)?
Qual o preço que se ganha e se paga por brincar com a confiança/sentimento de outras pessoas?
Cativar para depois despedaçar o que parecia verdade?
Como consegue colocar a cabeça no travesseiro à noite, sem sentir o peso das mentiras que diz o dia inteiro?
E, provavelmente, não foi durante 24 horas, mas no desenvolver de 365 dias.
O que era real?
O que era fantasia?
Você escolhe suas vítimas ou a mentira é dirigida de modo aleatório e acerta os mais ingênuos?
