Frases, momentos, dias cinzas ou coloridos, contos, poesias e o que mais der para ser. Virá a transparecer sentido ou a falta dele, que seja em metáforas que fazem sintonia com a ironia ou em pontos finais que não dão chances para reticências. E, be...
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Há momentos que você não quer ir até o fim.
Até o final.
Da frase.
Da estrofe.
Do parágrafo.
Do dia.
- ou, do que você acabou pensando e não está aqui.
Talvez, depois.
Quem sabe, mais tarde.
"Isso me parece muito extenso."
"Nem é algo que faz meu tipo de leitura", você defende.
Mas, algo lhe prende nas palavras e em uma leitura silenciosa e, quando se toca, já contornou vários períodos. Como se as palavras o puxassem pela mão direita e lhe conduzisse para um caminho em que é inevitável senti-las... Em uma dança que contagia. Acaba sendo hipnotizado pelas sílabas e consoantes. Cada vogal produzindo sua própria melodia.
Seria um texto? Um trecho de um livro? Não tem forma física do instrumento que a torna possível, pois agora você já imagina imagens, cores e sons.
Você é capaz de tocar as estrelas e ao mesmo tempo, ouvir as ondas do mar. Estaria você imerso no universo do que estava lendo ou o contrário? Ele está dentro de você? Da sua mente?
Você pensa que há muito ainda, mas agora elas já fazem parte da sua extensão e como um quebra-cabeça, não dá para deixá-lo inacabado. Você precisa entender o que elas querem dizer.
Mas, nem sempre termina como você espera e, assim, acaba descobrindo que pode ser o final que desejar, além do que as palavras querem falar.