Capítulo 13

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O centro de treinamento dos policiais estava uma zona. Muitos do 13º Batalhão de Winchester se reuniam em torno de um ringue improvisado no centro.

Depois de terem se exercitado - sob o olhar atento e severo do treinador Fowler -, os oficiais decidiram se divertir e voltar a praticar alguns movimentos de luta.

Logan Strauss, o sabichão metido a besta de Londres, parecia ter sido informalmente escolhido como líder do grupo, e agora organizava os combates.

Erik Christiansen, irritado pela maior atenção que o rival recebia, resolveu mostrar suas habilidades nas artes marciais. Estava há vários rounds invicto, de modo que os policiais ao seu redor o aplaudissem e exaltassem.

- Quem será o próximo? – Erik perguntou vaidoso, limpando algumas gotas de suor de cima dos lábios. – Vamos! Vocês por acaso são um bando de mocinhas?

Logan, encostado nas cordas do ringue, apenas rolou os olhos. Tudo bem que Christiansen era um excelente lutador, mas um pouco de humildade não iria matá-lo.

O detetive estava com os braços cruzados, de forma que as curvas dos seus bíceps ficassem ressaltadas. Usava uma regata preta, calça folgada e tênis. Suas bochechas estavam avermelhadas em função do exercício e ele estava extremamente gostoso.

Siberia inclinou a cabeça ao olhar para Strauss, depois varreu o ambiente com os olhos. O 13º Batalhão de Winchester era composto majoritariamente por homens. Aproximadamente vinte e poucos deles estavam na sala, acompanhados por cinco agentes femininas. Todas as mulheres – incluindo Savannah Millers – olhavam fixamente para Logan, como se ele fosse um pedaço de filé suculento.

Lindell voltou a admirá-lo e então mordeu o lábio. Queria imaginar aqueles olhos nos dela... Aquela barba por fazer pinicando sua bochecha e aquelas mãos a agarrando com possessividade e cobiça.

Aquelas mulheres o desejavam mesmo sem saber de nada. Se soubessem o quanto ele era quente, se soubessem o quão bons eram seus beijos, provavelmente já estariam de joelhos no tatame: levantando sua blusa e lambendo cada um de seus músculos.

Siberia jurava que o suor de Logan tinha gosto de licor.

Estava tentada a ir lá e comprovar sua teoria, quando um subtenente levantou a mão, pronto para desafiar Erik.

O loiro, que mais parecia um viking de calendário pornô, abriu um sorriso malandro. Strauss deu risada e balançou a cabeça completamente entretido, antes de dar início ao combate.

O subtenente colocou os braços nos ombros de Christiansen, que logo retribuiu. Os dois, girando em volta do ringue, ficaram em uma das posições iniciais do judô, antes que o loirinho desse um sorriso esperto.

Christiansen empurrou o adversário levemente para trás, colocou uma das pernas entre as dele e inclinou o corpo para baixo, de forma que o subtenente perdesse o centro de gravidade. Utilizando sua perna como alavanca, o loiro levantou o homem que o desafiava e, em milésimos de segundos, já o havia jogado no chão.

- Quem é o campeão daqui? – Erik falou vaidoso, erguendo os braços.

Os policiais ao redor riam, aplaudiam e enalteciam suas habilidades. O subtenente, enquanto isso, recolhia os cacos e saía envergonhado do ringue.

- Uchi mata. – Logan sorriu, referindo-se ao nome do golpe. – Nada mal.

- E por que você não me desafia, Strauss? – o loirinho provocou. – Com medo de perder?

O detetive deu uma gargalhada.

- Com medo de acabar com a sua dignidade, isso sim. – então ele se aproximou do outro, até que suas feições estivessem bem próximas. A atmosfera de hostilidade se mostrava eletrizante e perigosa. – Se eu te desfiasse, Christiansen, você sairia desse ringue chorando como um bebê.

Caçadora de CorposWhere stories live. Discover now