Capítulo 23

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O detetive escorou as mãos na pia da cozinha e abaixou a cabeça. Seus pensamentos estavam difusos, tomados pelos acontecimentos dos últimos dias:

"O médico saiu do quarto. Sinalizou que Siberia estava pronta para receber visitas e Erik, alvoroçado, deu passos firmes até a porta.

Antes que pudesse entrar, no entanto, Strauss se colocou a sua frente.

- Sem interrogatórios. – Logan rugiu.

- O quê? Você viu o que ela fez? Ela parou o zumbi como num passe de mágica! Você pode negar o quanto quiser, detetive, mas eu sei que Siberia sabe mais do que diz.

Christiansen, novamente, tentou se colocar para dentro do quarto, mas Strauss impediu.

- Ela não está em condições de responder a qualquer pergunta.

- E daí? Eu quero saber o que aconteceu!

- Amanhã.

- Mas...

- Amanhã. – Logan enfatizou, furioso. Seus músculos estavam tensos e deixavam claro para o rival que, caso ele insistisse, teriam que se resolver no braço.

O loiro rolou os olhos, impaciente. Vendo que seria inútil discutir, bufou e se virou de costas para ir embora. Em pouco tempo, já desaparecia pelos corredores brancos do prédio.

Strauss respirou fundo, adentrou o aposento e fechou a porta. Ergueu o rosto para a cama de lençois azuis e encontrou uma Siberia acanhada, admirando-o de relance. Seu coração amoleceu e ele se aproximou com cuidado.

- Eu odeio hospitais. – Sibs murmurou, mordendo o lábio. O rapaz sorriu.

- Não. Você odeia ficar sozinha em hospitais. – então, puxou-a por trás da nuca e começou a distribuir beijos quentes por suas bochechas, maxiliar e pescoço. Lindell fechou os olhos e arfou sonoramente, antes de abraçá-lo, trazendo-o mais para si. – Sua louca. No que você estava pensando, Sibera? Você queria me matar de preocupação, é isso?

- Meu detetive...

- Sim. – ele sussurrou, continuando a beijá-la. – Seu. Sempre seu. "


XX


" 'PAREM DE ME PROCURAR. ÚLTIMO AVISO.

OU ANIQUILAREI UM POR UM'.

Erik mostrou em um Power Point. Uma equipe de aproximadamente trinta policiais estava reunida no auditório.

- Já vimos o que o serial killer é capaz de fazer. Sei que todos aqui estão sob um contrato e um juramento, mas, devido à extraordinariedade dos casos, não posso forçá-los a continuar.

- O que eu e o detetive Christiansen queremos dizer é: - Strauss retomou a fala, também à frente da audiência. – nós recebemos uma ameaça. Queremos que continuem na investigação apenas aqueles dipostos a irem até o fim. Apenas aqueles dispostos a pagar o preço."

Logan massageou as têmporas, tentando afastar uma leve enxaqueca, quando outra memória o atingiu:

"Erik, Charles, Berrigan e Clinton estavam atônitos. Os quatro - junto com Savannah, Strauss e Lindell - estavam na sala de reuniões e admiravam o trio com assombro.

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