Capítulo 22 parte I

5.1K 302 179
                                    


"Hoje você vai ficar com vontade."

Essas palavras martelaram na cabeça de Siberia durante toda semana.

Quando Logan a deixou sozinha na sala, apenas de calcinha e com o coração acelerado, a menina pensou que aquele era o momento mais frustrante da sua vida. Para sua infelicidade, as frustrações se repetiram vez após outra, naqueles últimos dias, deixando Lindell a beira do surto.

Strauss sabia brincar, conhecia o jogo, e fazer a garota desejá-lo era o seu objetivo principal. Não que ele precisasse de muito esforço. Cem por cento do tempo, Siberia queria agarrá-lo: cinquenta na porrada. Cinquenta na cama.

Lindell desejá-lo era quase uma lei natural do universo. Ela cobiçava o detetive. Babava em seu corpo extraordinário e na sua pegada forte... Mas estava falando sério quando disse que não era capaz de querer um homem só.

Qual é! Ela achava relacionamentos uma babaquice. Nunca, jamais, tinha pensado em fazer sexo com apenas uma pessoa por tempo ilimitado... Mas confessava que estava louca para ver o que Strauss tinha guardado para ela.

O policial se mostrava tão confiante! Ele acreditava piamente que ia estragá-la para outros homens, e Siberia estava louquinha para tirar a prova.

Toda vez que via Logan perambulando pela casa, a intimidade da menina parecia ligar como uma torneira. Era quase como se fosse um pedaço das cataratas do Niágara. Ficava molhadinha, encharcada, ansiosa para que ele a penetrasse de uma vez.

O momento não tinha acontecido, no entanto. O detetive sabia o efeito que causava na garçonete e tinha prazer em provocá-la. Tinha prazer em fazê-la enlouquecer, em torturá-la.

Vira e mexe arrumava desculpas para prensar o corpo contra o de Lindell. No primeiro dia, foi no balcão da cozinha, com o pretexto de "pegar o cereal que estava lá em cima, no armário". No segundo, a menina estava se divertindo no sofá da sala, com o livro de palavras-cruzadas, quando ele se aproximou e se deitou sobre ela.

O coração de Siberia disparou e mil perguntas pipocaram em sua cabeça: "É agora?", "É assim que ele quer?", "Ai, meu Deus. O que eu faço?". Sua intimidade já estava se lambuzando, quando ele se afastou.

"- Pronto. – Logan disse, com um falso sorriso inocente no rosto. – Eu só queria alcançar o controle remoto."

Essas duas primeiras provocações tinham sido ruins, mas não tanto quanto o dia que ela estava no cozinha, comendo granola com iogurte, e ele entrou só de toalha.

"Lindell parou a colher no ar, encarando o detetive de cima a baixo. Ele estava nu, apenas com uma toalha branca em volta da cintura.

Seus gominhos musculosos estavam suados, e ela engoliu em seco ao se imaginar tocando cada músculo. Ao se imaginar embaixo de toda aquela pele máscula e gostosa. Quase podia sentir o corpo de Strauss friccionado contra o seu, esfregando-se contra ela e a adentrando da forma que Siberia tanto almejava.

'Eu vou te levar para o céu e você nunca mais vai conseguir colocar os pés no chão.'

Cacete! Por que ele não podia fazer isso logo de uma vez? Ela já estava ficando maluca!

Assim que o viu retirar uma garrafinha de água da geladeira, a menina pigarreou.

- Toda promessa é dívida. – falou baixo, como se estivesse desinteressada.

Ele colocou a garrafa na boca e, enquanto dava goladas, deixou o olhar divertido recair em Lindell. A mocinha estava encolhida e com as bochechas vermelhas.

Caçadora de CorposWhere stories live. Discover now