Capítulo 18

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- MALUCA FILHA DA PUTA! – Logan gritou ao chegar do lado de fora do bordel e ver o carro de Taves desaparecendo na esquina.

Savannah, Charles e Berrigan estavam logo no seu encalço.

O que, diabos, tinha na cabeça daquela cretina? O tal do apartamento nem estava no registro dos policiais. Para eles, constava que o assassino morava com a mãe e só. Eles não tinham endereço nenhum. Não tinham como procurá-la!

No que ela estava PENSANDO?

Strauss enfiou um firme soco na parede e sentiu os nós dos seus dedos doerem. Sua cabeça estava tão quente que ele faltava soltar fogo pelas ventas. Seu coração estava disparado e sua mente projetava diferentes cenas em que Lindell colocava a própria vida em risco.

Bye, bye Scotland Yard.

Será que Taves ia tocá-la? Será que Taves ia machucá-la? Só a possibilidade já fazia o detetive querer vomitar.

- Strauss! – disse Erik, chegando correndo ao seu lado. Os olhos do loiro estavam assustados. – A escuta não tem localizador. Não temos como encontrar Siberia a menos que...

E então Logan parou um segundo para se focar nos ruídos que ouvia. Parou um pequeno instante para entender a conversa de Lindell e Arnold do outro lado da linha.

- Eu já vim para esse lado do Itchen uma vez. – a mocinha disse, olhando pela janela. – Uma amiga da família, Marion, morreu afogada aqui perto. Deixa eu ver se estamos indo para o mesmo lugar da casa dela... Sim! Esse é o condomínio dos pais da Marion. O seu é mais na frente?

- É o próximo.

- Hmm... Um prédio em um condomínio, hein? Que coisa mais estranha.

- É o único. A empresa resolveu fazer uma exceção.

A diaba sabia o que estava fazendo. Estava enviando mensagens que só Logan saberia decodificar.

Fulo da vida e com os neurônios em brasa, Strauss tomou a chave que estava nas mãos de Erik. Naquele instante, o detetive estava irracional. Ele era um animal primitivo, sanguinolento, assombrado com a possibilidade de a mocinha se ferir.

Seu coração batia nas orelhas e nada existia ao seu redor, exceto o Chrysler acinzentado.

- Ei! Ei, Strauss! ESSE É O MEU CARRO!

Gritou Christiansen, enquanto via o detetive se trancar do lado de dentro e dar a partida. Logan deu uma ré descontrolada, cantando pneus, e em um furor pisou na aceleração. Em questão de segundos, o automóvel também já tinha virado a esquina, com um grito de borracha sobre o asfalto.

- Porra. – o loiro arfou, deixando seu olhar na cena.

- O que fazemos agora, chefe? – perguntou um dos oficiais, aproximando-se dele com insegurança.

- O que você acha, seu idiota? Entra todo mundo no furgão e vamos atrás dele!


XX


O apartamento era minúsculo, mas possuía alguns móveis sofisticados. Lindell entrou no lugar exalando confiança e sensualidade, embora sentisse o leve gosto de bile na boca.

Será que Strauss tinha entendido o recado? Oh, céus. Era muita confiança. Ela confiou a sua vida a ele, a sua astúcia. Apostou a própria integridade que ele conseguiria chegar aonde ela estava. Será que tinha sido um erro?

Caçadora de CorposWhere stories live. Discover now