Jacob (Volume 3)

Célia parece retornar a vida de antes

Célia puxa o edredom quentinho, estava tão confortável e aquecida, se virou e respirou fundo, o perfume de rosas que vem dos lençóis é uma delicia e o puxa para ficar mais confortável, uma mão corre em seus cabelos, aquele carinho era conhecido e sorriu ainda de olhos fechados.

- Ah mãe!... Que saudades deste carinho!... Hummmmmm... - ela geme agradecida.

A mão para de imediato, Célia se mexe, meio acordada e meio dormindo e sorria feliz.

- Acho que estou atrasada para a faculdade!... Mas está tão bom assim!... - Célia se sentia em casa, sonhava com o tempo da faculdade e que sua mãe a acordava assim. - Eu já vou...Eu já vou levantar!... - Diz ela afundando mais ainda no travesseiro.

- Durma minha filha!... Sei que está cansada!...

- Não!... Não posso matar aula!... Aquele professor de direito penal é um saco e ele não repõe matéria... Hummmmmmmmm... Mas essa cama está tão gostosa!... Adoro quando lava os lençóis com esse amaciante de rosas!

Célia abre os olhos e cai da cama praticamente se jogando fora dela, despertada por completo e se levanta devagar, apenas a cabeça e encara aquela senhora dos cabelos ruivos, falando em português com ela, era tão natural sua voz, se sentia no Brasil.

- Oi Célia!... - Diz a senhora enxugando o rosto com um lencinho.

- Mãe?!... - Célia não consegue se levantar e fica sentada no chão, seu coração parece que vai saltar do peito, sua cor some novamente e sente que vai desmaiar novamente e enfia a cabeça entre as pernas e arfa procurando não desmaiar, puxa os cabelos para traz até que sente as mãos delicadas da senhora tocar seus braços, ela da um salto e tenta se levantar, estava assustada demais.

- Eu morri!... Só pode ser isso!... Você veio me buscar!... - Diz ela em um português perfeito!

- Não Célia!... Se acalme... Precisamos conversar!

- Não encosta em mim... Cadê minha filha?... - Célia se arrasta no chão - Se eu morri... Firat ficou com minha filha?!... O que vai ser dela!?

- Ela está bem e dorme ali no berço, fale baixo para não acordar sua filha!

Célia se levanta com dificuldade e corre para o berço e Poe a mão na menina e a pega no colo abruptamente e a leva para junto ao peito e a cheira e beija, queria ouvir seu gemido doce e a menina se espreguiça e geme como um gato, Célia chora e se ajoelha no chão com a menina nos braços.

- Graças a Deus!... Você está viva!... - Ela beija o rostinho da menina.

- Sente-se querida!... Vamos conversar!? - a senhora a puxa para se sentar.

- quem é você!?... Minha mãe morreu alguns meses!... Firat foi ao enterro dela, eu à vi no caixão!... Eu me despedi dela!... - Célia se sente confusa.

- Sim!... É verdade!... Eu também estava lá, mas você estava tão mal que não conseguiu me ver!

- E quem é você?

- Sou Beren... Sua mãe verdadeira e Firat é seu pai verdadeiro... Você e Beguzar são irmãs, eu se sua mãe somos irmãs gêmeas também... - Beren torce os dedos.