1 6 ◈ flew b y

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CINCO MESES DEPOIS

A expressão "passou voando" nunca me pareceu tão real quanto imaginava. Os últimos cinco meses passaram voando e só me dei conta quando Ethan disse que Amy estava de oito meses. Ou quando meu novo assistente – vulgo gato – disse que o prazo havia acabado e já estávamos iniciando novembro.

Owen estava em uma viagem a trabalho em Londres e eu fiquei encarregada do departamento em Nova York.

Sim, a McAdams Media Group imigrou para a Grã-Bretanha e ficamos contentes em saber disso. Como meu passaporte ainda não tinha chegado, Owen ficou no meu lugar. Mas os ingleses disseram que a próxima, minha presença era exigida. Eu estava empolgada em conhecer Londres!

Como minha rotina estava agitada, eu não conseguia comer ou ter tempo para comer. Isso aconteceu logo depois do meu aniversário de vinte e quatro anos. Eu havia desmaiado durante uma mini reunião com Owen e os funcionários da MMG. Owen me fez prometer que iria cuidar da saúde procurando uma nutricionista e fazendo caminhadas ou academia. Optei pela academia, já que caminhadas eu podia fazer de vez em quando pela manhã.

Por isso minha rotina é simples. Acordo às seis, tomo o café da manhã, me arrumo para a academia, volto por casa às seis e quarenta e cinco, tomo um banho, me arrumo para o dia e minha bolsa, saio de casa pra ir pro trabalho. Chego sempre vinte ou trinta minutos antes pra arrumar minha mesa ou organizar meu dia, checo minha agenda – tanto pessoal quanto profissional – e anoto com post-it ao redor da tela do meu computador pra não esquecer o que precisa ser de imediato. Termino de trabalhar por volta das seis, mas sempre fico um pouco mais. E aí nas terças e quintas, vou na consulta com a Dra. Doty.

Aos sábados me permito tirar umas horas de folga, mas quando tenho prazo ou novos contratos, fica quase impossível me concentrar em outra coisa. Esse emprego se tornou minha vida e estou tão workaholic que esqueço da minha vida sem graça. Não reclamo de nada pois eu realmente amo o que faço e toda reunião sou muito bem elogiada. É quase como afagar o meu ego, se torna algo maravilhosamente prazeroso.

Owen sempre diz que eu renasci a empresa, mas não estaria aqui se ele não tivesse me dado aulas, me mostrado como tudo funciona e as dicas e truques escondidos.

Olho para o relógio e arregalo os olhos. Já passa das quatro da tarde!

Hoje é uma plena quarta feira de outubro e consegui administrar meu tempo muito bem. Tive uma reunião às nove, almocei com minha irmã Ruby – e ela falou apenas do casamento – e tive uma reunião via Skype com Owen e os ingleses. Tudo ocorreu bem. Mas quando vejo o horário, percebo que há mais coisas pra fazer do que lembrava.

Meu telefone toca e eu atendo, pressionando entre um ombro e a orelha:

— Sim?

— Senhorita McAdams, os associados pediram pra confirmar sua presença na inauguração do novo escritório deles — diz meu novo assistente, Greg.

— Oh, sim, claro, claro! Eu havia me esquecido, obrigada, Greg. Diga a eles que estarei lá. Greg, preciso que você venha na minha sala pois preciso de um favor.

— Estou a caminho.

Greg chega em menos de um minuto e pergunta do que preciso.

Quase cinco meses atrás, Greg começou a trabalhar comigo e, quando fiz a entrevista, o achei quente. Não quente bonitinho. Ele era quente, quente, quente. Mas, antes que você me julgue, eu não o contratei por isso. Ele havia acabado de se formar e tinha cartas de recomendações melhores do que eu podia imaginar. Fora o fato dele se destacar muito bem na multidão e muitas das vezes consigo fechar acordos só pelo fato dele estar aqui. E não são apenas mulheres, homens principalmente.

Além do InevitávelWhere stories live. Discover now