43 ◈ happy new y e a r

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            A véspera de ano novo estava agitada na casa de Tucker e Aila. Afinal, eu não poderia deixar que eles fizessem tudo, então sugeri de irmos cedo pra ajudar a arrumar o jantar. Orgulhosamente, deu tudo certo.

Vez ou outra Jack vinha me dar um beijo. Seja na bochecha ou nos lábios e fez até uma piada que me fez gargalhar. Em um outro momento, em que ele estava na sala com Tucker, o flagrei me olhando. E aquele sorriso de canto que eu tanto amo apareceu sem vergonha.

— Deus, eu esqueci o quão tensos vocês são — resmunga Aila ao meu lado ao cortar as batatas.

Pisco algumas vezes pra voltar minha atenção a ela.

— Do que está falando?

Ela bufa.

— Qual é. Vocês praticamente se comem pelos olhos! — Ela ri. — Ele está te encarando a meia hora. E como se não bastasse... ele vem e te dá um beijo. Sério, nem mesmo minha cozinha pega mais fogo do que vocês dois.

Eu gargalho desta vez.

— Talvez você esteja delirando. Você e Tucker são calientes também, não pense que não reparo nisso.

Aila abre um sorriso, como se aquilo não a deixasse constrangida.

— Sabe o que Tucker costuma fazer que me deixa louca? Normalmente não usamos a cama pois depois de um tempo se torna monótono — ela resmunga e eu concordo. — Então fazemos em qualquer lugar da casa que não seja na nossa cama.

Eu rio novamente.

— Qual foi o lugar menos improvável?

Ela morde o lábio, segurando uma risada.

— Na lavanderia, em cima da caixa de sapatos — disse, fazendo-nos explodir em uma gargalhada estrondosa na cozinha.

Dois pares de olhos se voltam para nós e tentamos nos recompor a tempo. Mas, pelo canto do olho, vejo Tucker aproximar.

— O que as duas estão tricotando? — pergunta, dando um beijo perto da boca de Aila.

Ela revira os olhos e pisca pra mim em seguida.

— Estávamos falando o quão bom vocês são.

Olho para trás e vejo Jack apoiado no batente da porta, sorrindo de canto para mim e flagrando meu olhar.

— Certo... e por que eu não acredito nisso? — pergunta Tucker, brincando com seu cabelo.

— Porque está malditamente ocupado com a sua cerveja — resmunga ela. — Você poderia ser um cavalheiro, como Jack, e vir de vez em quando cumprimentar sua noiva.

Tucker grunhe e encara Jack.

— Você só está aqui a alguns dias e já está estragando minha mulher, cara.

Eu solto uma risada contida. Jack ergue sua cerveja e dá alguns passos até estar centímetros de distância de mim.

— Não tenho culpa se sei como me comportar. Certo, Holly? — ele sussurra pra mim.

Tenho certeza que todos ouviram pois há vários pares de olhos me encarando, esperando uma resposta. Mas eu sinto meu rosto pegar fogo e vejo Aila com um sorrisinho malicioso.

— Sim, é verdade — eu sinto minha voz tremer.

Tucker gargalha.

— Achei que o gato tinha comido sua língua, McAdams — diz antes de sair da cozinha com Aila.

Além do InevitávelWhere stories live. Discover now