32 ◈ truth or d a r e

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Chegar em Aruba foi a parte mais fácil. Chegar no quarto de hotel sem nos pegar, foi o mais difícil. Tivemos que ter autocontrole para abrir a porta. Portas automáticas eram ótimas, mas adorava tirar nossa paciência quando colocávamos o cartão no lado errado.

            Para ser sincera, eu não olhei o quarto. Eu nem liguei para isso. Estava muito ocupada sendo beijada por um homem com habilidades maravilhosas. Eu nem mesmo me lembro de como chegamos na cama. Como estávamos nus de repente. Como Jack havia colocado a camisinha e feito amor comigo a noite toda.

            Haviam resquícios da noite passada em minha pele com cheiros e lembranças. Ainda tinha o perfume de Jack e o meu misturados em nossos corpos. Eu estava completamente relaxada quando acordei no dia seguinte. Aparentemente, Jack havia pego o melhor quarto e nossa vista era de frente para o mar, pois apenas uma cortina de um forro branco translúcido tampava a enorme janela que dava vista para o mar à frente do hotel.

            Não.

            Haviam duas janelas que iam do chão ao teto. Eu podia enxergar o mar na cama e ver a enorme varanda que tinha. Além da mesinha e duas cadeiras acompanhadas. A cama era king size e tinha um enorme tapete no meio do quarto, onde próximo à ela tinha um sofá médio de dois lugares encostado entre o vão de uma janela e outra, além de ter uma mesinha central com um arranjo de flores decorativas de frente para o sofá. Havia móveis para guardar roupa e uma televisão. Deus, eu nunca vi um quarto de hotel tão grande. Era de tirar o fôlego e eu não sabia para o que pensar.

            Olho para o lado e vejo Jack adormecido, abraçando o travesseiro. De quase três anos que o conheço, eu só consegui acordar uma vez antes dele. Vendo-o de bruços, dormindo pacificamente... me deu vontade de apertá-lo e aconchegar até ele. Verifico a hora no criado mudo e ao ver que eram mais de nove horas, eu ousei acordá-lo.

            Beijei seu braço e guiei os beijos por toda suas costas. Sentei em seu quadril, deixando uma perna de cada lado de seu corpo e o acariciei nas costas, ouvindo leves gemidos partidos dele. Sorrio comigo mesma quando o beijo até o pescoço até sua bochecha e lábios. Jack pisca algumas vezes e sorri, puxando-me para deitar com ele. De muito bom grado, eu me enterro em seu braço e ele respira no meu pescoço... inalando e suspirando lentamente, parecia que estava voltando a dormir.

— Você parece um sonho pra mim — ele sussurra com a voz sonolenta no meu ouvindo. — Eu amo você.

            Meu coração congela, assim como meu corpo. Mas ao perceber que ele estava dormindo novamente, eu suspiro. Não precisaria enfrentar o depois daquilo. Não estava preparada ainda para dizer, mas, no fundo, aquela pontada de felicidade surgiu novamente. Deixando-me sorrir pela manhã com apenas três palavras, mesmo que aquilo me apavorasse um pouquinho.

✕✕✕

            Enquanto Jack dormia, eu peguei meu tablet para ler os e-mails importantes e mandei mensagem para Tibby, que me respondeu com uma selfie de Nathan de chupeta. Eu sorri largo e mandei foto do mar para ela.

TIBBY: Sua vaca! É tão injusto.

            Eu rio nas internas.

            Passado uma hora, havia respondido todos os mais importantes e mande um e-mail para Greg o agradecendo por manter as coisas por mim em Nova York.

            Como o quarto em que estávamos tinha varanda, eu fui até ela pra ver lá embaixo. A praia não estava cheia, diria que tinha pouquíssimas pessoas. E abaixo de nós, haviam piscinas – enormes palmeiras e bares diversos - e com bastante pessoas nelas. Acho que prefeririam a piscina, enquanto eu prefiro o mar.

Além do InevitávelWhere stories live. Discover now